Prédios abandonados causam transtornos no bairro Jardim Leopoldina, em Porto Alegre
Construções inacabadas servem como esconderijo para assaltantes, ponto de prostituição e distribuição de drogas
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Representantes da Associação de Moradores e Amigos do Jardim Leopoldina (Amajal), e vereadores da Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação (Cuthab), da Câmara Municipal, se reúnem nesta terça-feira pela manhã para tentar encontrar uma solução para o local. O conjunto residencial inacabado teve sua construção iniciada pela construtora Guerino. Esta empresa foi à falência e a Edificações e Incorporações Barbieri (Ediba S/A) assumiu o patrimônio da massa falida. Mas a Ediba S/A também entrou em processo falimentar e não terminou as obras que se encontram, desde então, em estado de abandono.
"Pelo menos 50 pessoas ocupam essa área. A maioria vem para o local só para dormir, à noite. Esses prédios são um foco de distribuição de drogas e esconderijo para assaltantes", afirmou o presidente da Amajal, Luciano Silva. De acordo com ele, a comunidade tem várias sugestões de destino para as construções. "Faltam diversos serviços. O Jardim Leopoldina é composto por 38 comunidades. São 42 mil pessoas, e o posto da Brigada Militar mais próximo fica no Jardim Lindoia. O importante é que a comunidade possa decidir o que será feito. Como está não pode ficar", acrescentou Silva.
O problema das construções inacabadas e abandonadas no bairro Jardim Leopoldina deve ser tratado diretamente com o Departamento Municipal de Habitação (Demhab). O vereador Paulinho Rubem Berta adiantou que "será analisada a possibilidade de incorporação dos prédios inacabados pelo Demhab e o aproveitamento para a construção de casas populares, por meio do programa Minha Casa, Minha Vida", do governo federal.