Preço da gasolina faz movimento nos postos de combustíveis de Porto Alegre apresentar queda

Preço da gasolina faz movimento nos postos de combustíveis de Porto Alegre apresentar queda

Motoristas estão fazendo pesquisa dos valores antes de abastecer

Cláudio Isaías

publicidade

Com o preço da gasolina no valor de R$ 7,199 o litro e em alguns casos, como um posto de um posto da zona Sul de Porto Alegre, que nesta quarta-feira cobrava R$ 7,399 o litro do produto, o movimento nos postos de combustíveis estão apresentando uma queda no movimento nos últimos dias. Os frentistas dos estabelecimentos comerciais localizados nas avenidas Wenceslau Escobar, Diário de Notícias e Otto Niemeyer, na zona Sul da Capital, disseram que o movimento diminuiu. "Notamos que diversos motoristas estão fazendo a pesquisa de preço antes de abastecer", comentou um frentista de um posto na avenida Wenceslau Escobar.

Em um posto de combustível da rua Siqueira Campos com a rua Caldas Júnior, no Centro Histórico, o litro da gasolina comum era vendido a R$ 7,197 e a aditivada custava R$ 7,397. O representante comercial Hélio Nogueira que abasteceu R$ 100 em combustível (13,89 litros de gasolina comum) reclamou do valor do preço da gasolina. "E vem mais aumento nos próximos dias. Onde vamos parar?", questionou. Um outro motorista que preferiu colocar gasolina aditivada desembolsou R$ 295,80 - 39,99 litros.  

O presidente do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Rio Grande do Sul (Sulpetro/RS), João Carlos Dal'Aqua, afirmou que a elevação do preço do barril é um problema mundial com valores acima de 80 dólares. "Na Europa, o valor está mais de dois euros o litro. Trazendo para nossa realidade impacta mais ainda. O problema é que estamos inseridos neste mercado mundial e não tem muito como fugir da qualidade cambial", ressaltou.

Segundo Dal'Aqua, no caso do Brasil, existe uma estrutura tributária muito pesada em cima dos combustíveis. "Congelaram o preço de pauta do ICMS, mas é uma medida que não temos certeza que vai beneficiar o setor no futuro. O governo arrecada R$ 2 por litro e no começo do ano era R$ 1,30", acrescentou.

O presidente do Sulpetro/RS afirmou que o governo federal deveria buscar uma linha que não penalizasse a classe pobre. Não é só a gasolina que está penalizando o consumidor. A classe menos favorecida está sendo penalizada com o aumento do gás de cozinha e do diesel. Um outro fator que ninguém fala é a disparada do preço dos biocombustíveis tanto etanol quanto o biodiesel", acrescentou.   

O diretor do Procon Porto Alegre, Wambert  Di Lorenzo, explicou que o órgão abriu processo administrativo de investigação preliminar para apurar suposta ocorrência de infrações e descritas nos incisos V e X do artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor, como impor vantagem excessiva e elevação de preços sem justa causa por parte de distribuidores e revendedores de combustíveis no município de Porto Alegre. 

Segundo ele, o órgão está notificando as distribuidoras para que enviem cópia das notas fiscais dos últimos 30 dias de vendas aos postos de combustíveis de Porto Alegre, referentes a etanol, gasolina comum e aditivada; e que informem sobre a metodologia de cálculo utilizada para definição do preço final, bem como qualquer justificativa que explique as elevações dos preços. "Vamos pedir a nota fiscal direto na fonte. Se a distribuidora não tiver aumentado o preço, veremos com os postos de combustíveis, que terão que explicar os motivos. Se as distribuidoras aumentaram também terão que explicar", comentou Di Lorenzo.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895