Prefeitura de Porto Alegre afirma que Distanciamento Controlado “constrange e prejudica a população”

Prefeitura de Porto Alegre afirma que Distanciamento Controlado “constrange e prejudica a população”

Administração da Capital recorreu do mapa preliminar divulgado na sexta-feira, onde foi classificada preliminarmente sob a bandeira vermelha

Aristoteles Junior / Rádio Guaíba

Prefeitura de Porto Alegre recorreu da classificação preliminar da bandeira vermelha

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Um dia após o anúncio da 28ª rodada do mapa preliminar do Distanciamento Controlado, com o retorno da região de Porto Alegre para a bandeira vermelha, a Prefeitura da Capital voltou a criticar o modelo imposto pelo Governo do Estado neste sábado. Segundo a administração municipal, o método é “baseado em indicadores arbitrários e não observa as especificidades do município”.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou, na sexta-feira, que Porto Alegre havia voltado à classificação de alto risco para o coronavírus após uma queda no número de leitos livres nas UTIs. Conforme os dados da pasta, são 239 vagas desocupadas na Capital – 24 a menos do que na semana anterior. 295 pacientes diagnosticados com síndrome respiratória aguda grave (SRAG) estão em vagas de tratamento intensivo na cidade.

A Prefeitura, que recorreu da classificação, garante que não vai fazer nenhuma mudança na regulamentação vigente. Em nota, a administração afirma que as mudanças propostas pelo Governo do Estado “não trazem proteção, constrangem e prejudicam os porto-alegrenses”. Na avaliação do Executivo Municipal, os resultados obtidos no enfrentamento à pandemia na Capital são exemplares em todo o país.

Confira a íntegra da nota divulgada pela Prefeitura de Porto Alegre

"Sobre o mapa preliminar do distanciamento controlado que inclui Porto Alegre na bandeira vermelha, a prefeitura esclarece que:

Como já demonstrado em diversos espaços, o método das bandeiras utilizado pelo Governo do Estado é baseado em indicadores arbitrários e não observa as especificidades da Capital. Define protocolos iguais para 497 municípios tão díspares em seu risco epidemiológico, por isso não serve como instrumento de tomada de decisão local.

A prefeitura de Porto Alegre seguirá trabalhando arduamente, como tem feito nesses oito meses de pandemia, para garantir que somente as medidas estritamente necessárias sejam adotadas em momento oportuno e, portanto, não fará qualquer alteração na regulamentação municipal vigente. O município informa ainda que novamente enviará ao Governo do Estado os dados que comprovam essas incongruências e de que não há necessidade de mudanças tão radicais na dinâmica da cidade.

Além de não trazer proteção, constrange e prejudica os porto-alegrenses. Nenhuma estrutura governamental tem melhor conhecimento da situação epidemiológica de Porto Alegre quanto o município, que monitora continuamente diversos indicadores para tomada de decisão. O cenário atual de estabilidade não justifica mudanças na forma como o município tem enfrentado a pandemia, e cujos resultados são exemplares em todo o país."


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