Presença de ambulantes no Centro ainda é impasse para prefeitura de Porto Alegre

Presença de ambulantes no Centro ainda é impasse para prefeitura de Porto Alegre

Espalhados pelas ruas e calçadas, eles vendem desde eletrônicos até roupas e artigos de decoração em geral

Felipe Uhr

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Quem passa pelo Centro Histórico de Porto Alegre não demora muito para perceber a presença de centenas de vendedores ambulantes. Espalhados pelas ruas e calçadas, eles tentam ganhar a vida vendendo de tudo, desde itens eletrônicos e frutas até roupas e artigos de decoração em geral. Na rua dos Andradas, em frente à Praça da Alfândega, é onde a concentração é maior. Entre a avenida Borges de Medeiros e a rua General Câmara, onde até pouco tempo atrás os camelôs disputavam espaço com quem passava, quase não há ambulantes, porém nada foi resolvido. 

“Muitos vieram aqui para a rua já faz uns quatro meses, parece que prefeitura e a Guarda Municipal não permitiam eles ali”, relata Everton Garcez, vendedor de uma banca de jornal da Rua Uruguai. Em março, a prefeitura anunciou a revitalização do Quadrilátero Central, perímetro composto por trechos de nove ruas. A proposta da gestão municipal é privilegiar a circulação de pedestres, ampliar as calçadas, reduzindo barreiras de acessibilidade e melhorando a pavimentação em geral. O investimento é de R$ 16 milhões, e a obra deve ficar pronta em setembro de 2023, já que tem prazo de 18 meses para conclusão. Junto com a revitalização, a prefeitura também anunciou a estratégia de remoção dos camelôs, ainda sem resultado efetivo.

Apesar dos esforços de diminuir com o comércio informal, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo admite que há dificuldades. “A maioria buscou outros pontos do Centro para permanecer como ambulante, principalmente em ruas próximas à Alfândega”. Foram cadastrados 250 ambulantes. Foi oferecido acesso a microcrédito, a possibilidade de ocupação de salas comerciais no Centro Popular de Compras (POP Center), e o encaminhamento ao Sine Municipal, onde os ambulantes têm acesso a cursos e oficinas de capacitação profissional e o direcionamento a entrevistas de emprego. “Existem comércios em diversas áreas da Capital e cabe a nós, sem perder o amparo social e a atenção às pessoas, ordenar a utilização comercial destes espaços.” explicou o secretário do Desenvolvimento Econômico e Turismo, Vicente Perrone. 


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