Produção e distribuição de energia representam uma questão estratégica para RS

Produção e distribuição de energia representam uma questão estratégica para RS

Rio Grande do Sul é o 3º estado brasileiro com o maior potencial de PCHs

Felipe Faleiro

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A energia produzida a partir de fontes hídricas está em alta no Rio Grande do Sul, e a produção e distribuição representa uma questão estratégica para o Estado. “É uma fonte da qual somos exportadores de conhecimento e tecnologia para o mundo inteiro. Somos pioneiros nela”, salienta o presidente da Associação Gaúcha de Fomento às Pequenas Centrais Hidrelétricas (AgPCH), Roberto Zuch.

O debate sobre as vantagens deste tipo de geração é amplo e complexo. Há que se considerar, por exemplo, que fontes hídricas são as que geram a energia mais barata para o consumidor, segundo afirma Zuch. “Elas não dependem de grandes estruturas de linhas de transmissão, se posicionam próximas do centro de carga, têm pouca perda no transporte e a vida útil mais longa entre todas as fontes”.

De acordo com a AgPCH, utilizando dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Rio Grande do Sul é o 3º estado brasileiro com o maior potencial de PCHs, ficando atrás apenas de Mato Grosso e Minas Gerais. A matriz energética do RS é de 9.948 megawatts (MW) de potência instalada, sendo que 5.972 megawatts são de fontes hídricas, ou seja, aproximadamente 60% do total. Há 150 usinas hídricas no Rio Grande do Sul atualmente em operação, sendo 77 PCHs, que geram, ao todo, 913 MW.

Instalar uma usina do tipo no Rio Grande do Sul requer uma série de trâmites, especialmente no caráter ambiental, a partir de órgãos de fiscalização. Mas este processo caminha a passos mais lentos do que o esperado. No ano passado, a associação divulgou um documento no qual a lentidão nos processos de PCHs e Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) gera um atraso em investimentos que superariam R$ 4 bilhões, apenas no RS. Ou seja, ainda há potencial para sua ampliação no mercado.

“O potencial de PCHs em licenciamento atualmente na Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) teria a capacidade de dobrar a potência instalada atualmente em operação no RS”, salienta o presidente da AgPCH. Os desafios de sua implantação e utilização serão debatidos no Fórum de Energias Limpas, promovido pelo Correio do Povo e que será realizado no próximo dia 7 de julho. Zuch será um dos palestrantes do evento, em um debate sobre energias hídricas.


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