Professores da Uergs levam quadro-negro à Praça da Matriz

Professores da Uergs levam quadro-negro à Praça da Matriz

Ideia da manifestação foi mostrar que faltam condições para trabalhar na universidade

Mauren Xavier/Correio do Povo

Cartazes pediam a valorização da universidade

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Um grupo de professores da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs) realizou nesta segunda-feira, primeiro dia da greve, um protesto inusitado em frente ao Palácio Piratini, na Praça da Matriz, em Porto Alegre. Apesar do tempo instável, juntamente com alunos de dois cursos da Capital e de Novo Hamburgo, eles participaram de uma aula na praça, sentados nas escadarias, onde foi colocado um quadro-negro.

A ideia da manifestação foi mostrar que faltam condições para trabalhar na universidade. Além disso, os alunos levaram faixas pedindo soluções rápidas para solucionar a crise. A definição da greve ocorreu em assembleia na sexta-feira passada.

Segundo o professor dos cursos de Sistema de Saúde e Gestão Pública, Rafael Vecchio, a falta de profissionais pode levar à suspensão das aulas de alguns cursos a partir do próximo semestre. “A defasagem do quadro pessoal compromete o rendimento e a qualificação dos alunos. Para suprir essa falta, alguns professores estão trabalhando além da jornada normal e, às vezes, em áreas que não são suas especialidades”, apontou ele.

Ao mesmo tempo da manifestação na praça da Matriz, um grupo de profissionais da universidade participou de um encontro com o Conselho Estadual de Educação. Eles relataram as principais dificuldades em manter as atividades nos campus distribuídos pelo Estado.

Amanhã, a partir das 9h, os professores participam da reunião da Comissão de Educação da Assembleia. A expectativa é mostrar aos deputados o processo de degradação que o quadro profissional da Uergs tem passado nos últimos anos. Na quarta-feira, os professores farão uma avaliação dos resultados da greve em nova assembleia.

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