Professores e alunos protestam contra descaso com educação gaúcha

Professores e alunos protestam contra descaso com educação gaúcha

Manifestação pelo pagamento do piso do magistério ocorreu no Centro de Porto Alegre

Claudio Isaías / Correio do Povo

Manifestação pelo pagamento do piso do magistério ocorreu no Centro de Porto Alegre

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Professores e estudantes voltaram a protestar nesta quarta-feira contra o não pagamento do piso nacional para o magistério gaúcho. Desta vez a manifestação, organizada pelo 39º Núcleo do Cpers/Sindicato, ocorreu na Esquina Democrática, no Centro de Porto Alegre. Com cartazes e faixas, o grupo pediu o cumprimento da legislação pelo governador do Estado Tarso Genro. Os docentes aproveitaram para distribuir panfletos com mensagens sobre o Dia do Professor, comemorado no dia 15, e sobre o Dia do Funcionário Público, celebrado dia 28.

Para a diretora-geral do 39º Núcleo, Marly Freitas Cambraia, tanto os professores quanto os funcionários de escolas não têm nada a comemorar. “No Rio Grande do Sul, não se cumpre o percentual constitucional para a educação e ainda existem inúmeras isenções fiscais para grandes empresas, o que inviabiliza a valorização dos professores e dos trabalhadores em educação“, ressaltou.

Segundo Marly, o magistério gaúcho possui um plano de carreira que valoriza o tempo de serviço e a formação que simplesmente vem sendo ignorado pelo governo estadual. “A última promoção do magistério publicada em 2012, é referente a 2002. A situação dos funcionários é mais vergonhosa porque eles são promovidos desde 2000 e muitos não tem reajuste salarial”, destaca. De acordo com a diretora do núcleo, os servidores recebem um complemento para alcançar o valor do salário mínimo de R$ 622. “Cada vez que o básico sofre um reajuste o complemento diminui, não existindo aumento real de salários”, lamentou.

Em fevereiro de 2013, o salário básico de um professor com curso superior chegará a R$ 903,74 para 20 horas e dos funcionários de escola com nível superior será de R$ 1.251,19 para 40 horas. Conforme Marly, o descaso com a educação no Estado ocorre também com atitudes do governo estadual de juntar turmas no final do ano e demitir professores contratados. “Realiza um concurso para desmoralizar os professores e nomeou apenas mil docentes, quando o número de contratados a ser substituído é de 24 mil “, acrescentou.

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