Professores protestam no Piratini contra 500 dias do governo Tarso

Professores protestam no Piratini contra 500 dias do governo Tarso

Paralisação foi parcial nas escolas estaduais de Porto Alegre

Mauren Xavier / Correio do Povo

Professores realizaram um ato em frente ao Palácio Piratini, na manhã desta segunda-feira, contra os 500 dias do governo de Tarso Genro

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Professores liderados pelo Cpers realizaram um ato em frente ao Palácio Piratini, na manhã desta segunda-feira, contra os 500 dias do governo de Tarso Genro. Pouco depois das 8h, com cartazes e faixas, eles ocuparam o trecho da avenida Duque de Caxias, impedindo o acesso de funcionários pela entrada principal. Nas principais escolas estaduais de Porto Alegre, alguns professores optaram por redução no período de aula e outros mantiveram as atividades.

Segundo a presidente do Sindicato, Rejane de Oliveira, o movimento integra a decisão da assembleia geral de combater o governo de maneira jurídica e política. “Ao fazermos o balanço dos 500 dias, a única conclusão a que podemos chegar é que o governo tem atacado diretamente o trabalhador e os seus direitos, estando inclusive fora da lei, ao não cumprir com o pagamento do piso nacional, no caso dos professores”, afirmou.

Ela lembrou ainda que neste período o governador apresentou planos e projetos que só prejudicaram os trabalhadores e favoreceram os interesses externos, como no caso do empréstimo junto ao Banco Mundial. Outra situação considerada crítica foi o acordo com o Ministério Público do Estado para o pagamento de parcela dos professores. “Queremos que o governo cumpra a sua parte e pague o piso na integralidade a todos os profissionais e os seus respectivos benefícios”, disse.

Segundo o sindicato, ao longo destes 500 dias o governo promoveu a isenção de impostos, sucateou o Instituto de Previdência do Estado (IPE), ampliou o fator previdenciário, promoveu o atraso nas promoções e não investiu o mínimo em educação. “Esses são exemplos de como o governo está provocando o desmantelamento do Estado e prejudicando os trabalhadores”, concluiu Rejane.

Segundo o Cpers, o protesto mobilizou representantes dos 42 núcleos do sindicato. Em São Borja e em Santana do Livramento, a adesão foi considerada grande pela coordenação do sindicato. No caso do Colégio Júlio de Castilhos, em Porto Alegre, a adesão foi pequena, explicou a diretora leda Oliveira Gloesen. Ela lembrou que como não houve tempo de os professores discutirem em conjunto se iriam participar ou não, a direção decidiu liberá-los. “A maioria optou por permanecer em sala de aula”, afirmou.

A mesma situação ocorreu no Instituto de Educação, que também registrou pouca adesão à paralisação. Na Escola Técnica Parobé e nos colégios Padre Rambo e Protásio Alves as aulas seguiram normalmente.

Para a coordenadora do 39º Núcleo, Marly Cambraia, ao propor o pagamento do piso para parte da categoria, o governo conseguiu dividir a força dos professores, colocando-os em lados diferentes. “Mesmo assim, acreditamos que a adesão vai continuar crescendo”, falou.

Segundo a Secretaria Estadual de Educação, a orientação era de que os pais continuassem levando os filhos às aulas, já que é um dia letivo normal. “Os professores que fizerem paralisação deverão recuperar a aula”, orientou a secretária-adjunta da SEC, Maria Eulália Nascimento. O levantamento final da adesão deve ser divulgado no final do dia.

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