Profissionais da enfermagem protestam em favor do aumento do piso em Porto Alegre

Profissionais da enfermagem protestam em favor do aumento do piso em Porto Alegre

Entidades pedem reversão da liminar determinada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do STF

Felipe Faleiro

Protesto reuniu profissionais da enfermagem em frente a Santa Casa de Misericórdia

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Cerca de 200 pessoas de diversas entidades participaram de um ato em defesa da manutenção do piso salarial da enfermagem na manhã desta sexta-feira, em frente a Santa Casa de Misericórdia, no Centro Histórico de Porto Alegre. A chuva do começo da manhã chegou a fazer com que a organização repensasse o ato, que estava previamente agendado, mas ela cessou próximo do início da manifestação, que foi pacífica e teve faixas, cartazes e inclusive a participação de um trio elétrico.

“O número de pessoas no ato foi significativo, apesar da chuva. Se não houver alterações na conjuntura, faremos o próximo no dia 19”, afirma a presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Rio Grande do Sul (Sergs), Cláudia Franco. Na Capital, a rua Professor Annes Dias chegou a ser bloqueada por alguns momentos. Participaram da ação representantes do Sindisaúde/RS, CUT, Conselho Regional de Enfermagem do RS (Coren-RS), Sindicato dos Trabalhadores Federais da Saúde, Trabalho e Previdência no RS (Sindisprev RS), entre outros.

A manifestação busca mobilizar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para reaver o piso salarial de R$ 4.750 para enfermeiros, 70% do valor para técnicos e 50% a auxiliares e parteiras. O projeto de lei que aumentou os vencimentos foi aprovado no Congresso Nacional e sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro. No entanto, a medida foi vetada na véspera do primeiro pagamento do novo valor pelo ministro Luís Roberto Barroso, do STF, que julgou a matéria inconstitucional.

Nesta sexta-feira, o plenário do STF começou a analisar a validade da medida, iniciando com o voto do ministro Barroso, que novamente se manifestou contra o aumento. De acordo com ele, não está clara a fonte de custeio para este reajuste, o que é negado por entidades como sindicatos, Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE) e o Conselho Nacional de Enfermagem (Cofen). Caso a maioria do pleno rejeite o novo salário para estes profissionais, a categoria diz que poderá entrar em greve no dia 19.


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