Proprietário e funcionária de lotérica de Novo Hamburgo são indiciados

Proprietário e funcionária de lotérica de Novo Hamburgo são indiciados

Delegado responsável pelo caso acredita que hipótese de esquecimento é fraca

Samuel Vetttori/Rádio Guaíba

Delegado indicia proprietário e funcionária de lotérica de Novo Hamburgo

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O titular da 2ª Delegacia de Polícia de Novo Hamburgo, Clóvis Nei da Silva, informou, em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, que indiciou o proprietário e uma funcionária da lotérica Esquina da Sorte, em Novo Hamburgo, por estelionato. Em fevereiro, um bolão organizado pela agência continha os números sorteados da Mega-Sena, mas como eles não foram registrados, os apostadores ficaram sem o prêmio.

Segundo o delegado, com base no relato de outros trabalhadores do estabelecimento, a funcionária era responsável por registrar e guardar no cofre os bolões. Ele considera muito fraca a hipótese de esquecimento, alegada por ela, pois três apostas não foram registradas.

Silva disse que o proprietário não fiscalizava se os jogos eram lançados e por isso também foi indiciado. O delegado concluiu que havia uma vantagem indevida, pois a lotérica ficava com todo o valor da aposta coletiva e não remetia o restante para a Caixa Econômica Federal. Para ele, a Caixa foi vítima da ação. “Eles estavam recebendo um valor bem acima, então é uma vantagem indevida”, disse. Ele explicou que a lotérica deveria receber R$ 11, mas ficou com R$ 132.

Quanto às imagens em que a funcionária aparece nervosa na lotérica após o sorteio, o delegado disse que ela poderia ter ido ao local por qualquer motivo, até mesmo “para esconder algo”.

Bolão

Quarenta cotas de um bolão foram vendidas na Esquina da Sorte em fevereiro deste ano. No sorteio realizado no dia 20 do mesmo mês, os apostadores acertaram os números da Mega-Sena e deveriam dividir, sozinhos, o prêmio de R$ 53 milhões.

Na segunda-feira seguinte ao sorteio, alguns foram à agência, onde foram informados de que os números não haviam sido registrados pela Caixa Econômica Federal (CEF). Em seguida, a Polícia Civil abriu uma sindicância para apurar o caso.

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