“Prorrogar o Mais Médicos é renovar uma mentira”, diz Simers

“Prorrogar o Mais Médicos é renovar uma mentira”, diz Simers

Presidente Dilma assinou nesta sexta-feira medida provisória que estende programa social

Correio do Povo

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Após a presidente Dilma Rousseff assinar a Medida Provisória prorrogando por mais três anos o programa Mais Médicos nesta sexta, o presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS), Paulo de Argollo Mendes, afirma que procedimento só vai renovar "a mentira" sobre os efeitos do programa.

"Disseram que com o Mais Médicos seriam resolvidos os problemas da saúde, mas continuam os pacientes amanhecendo na frente dos postos para conseguir uma consulta, aguardando mais de 12 horas por um atendimento numa emergência, os hospitais continuam superlotados, com macas em corredores e pacientes deitados no chão", contrapôs Argollo. "A saúde pública piorou muito nestes últimos três anos", afirma.

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O dirigente lembrou que havia a preocupação com profissionais sem qualificação e sem serem submetidos ao Revalida (exame para validar o diploma do Exterior) para atender pacientes. "Felizmente eles não atendem ninguém doente. Fazem acolhimento, pegam na mão, mas se o paciente tiver tosse com dor no peito que pode ser pneumonia, ele é mandado direto ao médico brasileiro na emergência do hospital ou na UPA. Por isso, felizmente, o estrago foi menor do que se imaginava", pondera o presidente do Sindicato Médico.

As mentiras, reforça Argollo, não param. Segundo ele, os números de atendimento mostram mais contradição: "Diziam que com 25 mil Mais Médicos atenderiam 60 milhões de pessoas. Então, se fossem 50 mil, atenderiam 120 milhões de brasileiros. Com 100 mil, seriam 240 milhões de pessoas! Mais que a população do Brasil, que é de 200 milhões."

O presidente do Sindicato lembra que no Brasil tem 440 mil médicos formados no Brasil em atuação. "A solução seria mandar 340 mil médicos para Cuba ou outro lugar." Para o dirigente, o que está por trás da "farsa" é uma triangulação. "O nosso dinheiro vai ao BNDES, que põe R$ 2,4 bilhões no bolso da Odebrecht, que faz um porto em Mariel para Cuba e o país, por sua vez, retribui mandando médicos para cá. O porto sai de graça, a empreiteira carrega Lula em jatinhos executivos para todo lado, além de dar pesadas contribuições à campanha de Dilma."

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