Protesto questiona paralisação das obras do Instituto de Educação de Porto Alegre

Protesto questiona paralisação das obras do Instituto de Educação de Porto Alegre

Movimento da comunidade escolar contou com o apoio da deputada federal Maria do Rosário

Cláudio Isaías

Movimento da comunidade escolar contou com o apoio da deputada federal Maria do Rosário

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Professores, estudantes pais e ex-alunos e ex-professores e a deputada federal Maria do Rosário (PT) reuniram-se na manhã deste domingo para reivindicar a continuidade das obras de restauração do Instituto de Educação General Flores da Cunha, na avenida Osvaldo Aranha, no bairro Bom Fim, em Porto Alegre.

Na entrada do prédio, os manifestantes colocaram uma faixa com a mensagem: "A obra tem continuar" e realizaram um abraço ao prédio. O diretor do Instituto de Educação, Wagner Inocêncio Cardoso, disse que a instituição de ensino está sendo atacado, desmontado e destruído em função de projetos aprovados que não são cumpridos. "São 150 anos de história que parecem que não contam para nenhum dos governante que tivemos até agora", lamentou. Segundo ele, a ideal da comunidade escolar é que a obra não seja paralisada. “Queremos que a escola seja devolvida à comunidade. A escola é um patrimônio histórico da cidade”, afirmou.

Conforme Cardoso, a obra está sendo abandonada pelo governo do Estado que não consegue retomar os trabalhos. Segundo ele, a empresa está desmobilizada e já começou a retirada dos trabalhadores. A previsão é que a vigilância permaneça no local até dia 30 de outubro. Os alunos que formam cerca de 50 turmas teve de se dividir e ocupar quatro locais diferentes: Instituto Estadual Rio Branco; escolas estaduais de ensino fundamental Roque Callage e Felipe de Oliveira e escola estadual professora Dinah Néri Pereira. “Queremos voltar”, acrescentou.

O Instituto de Educação General Flores da Cunha possui 1.360 alunos matriculados na educação infantil, ensino fundamental e médio, além de abrigar um centro de formação de docentes e a educação de jovens e adultos. A restauração do prédio inclui os telhados, móveis, redes de água, luz e esgoto, fachada externa e interna, salas e banheiros. “É um prédio de 1935”, recordou o diretor da escola, destacando que o mesmo é tombado pelo município e pelo Estado. De acordo com Cardoso, o Instituto de Educação General Flores da Cunha faz parte da história da educação do Rio Grande do Sul. "A obra é uma conquista da comunidade escolar e não podemos permitir que ela seja abandonada pelo governo do Estado e pela Secretaria Estadual de Educação", acrescentou o diretor da escola.  

 


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