Quase 4.500 armas de fogo foram apreeendidas de janeiro a julho no Rio
Armamento apreendido passa por análise que investiga origem do objeto
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Um novo sistema de informática que está sendo desenvolvido agrupará em um banco de dados informações detalhadas para subsidiar as investigações. Com isso, os investigadores passam a contar com informações precisas sobre cada armamento apreendido no estado.
De acordo com o titular da Desarme, André Leiras, para produzir dados estatísticos mais precisos, a delegacia propôs ao setor de informática da Polícia Civil algumas alterações sistêmicas, de modo a stornar mais fidedignas as informações apresentadas. "A proposta é que, após o exame pericial esses dados retornem ao sistema. Isto dará mais subsídio à investigação”.
Com o novo modelo, os investigadores vão contar com informações extras. Leiras ressaltou que toda arma apreendida é periciada e que, nessa verificação, surgem dados que não constam do registro inicial. São detalhes técnicos que apenas o perito pode fornecer. "São essas minúcias que permitem saber, por exemplo, a origem de fabricação do artefato. É possível identificar se um AK-47 é russo ou chinês".
André Leiras informou ainda que, pela proposta, todo laudo será automaticamente incorporado ao banco de dados. “Queremos chegar à origem desses fuzis. Saber qual caminho fizeram para chegar ao Rio, e quem são as pessoas ou organizações criminosas envolvidas”.
Troca de informações
A Desarme troca constantemente informações com todas as delegacias da Polícia Civil do Rio de Janeiro e de outros estados. Além disso, atua em parceria com órgãos nacionais e internacionais, como os americanos DEA (Drug Enforcement administration) e ATF (Bureau of Alcohol, Tobacco, Firearms and Explosives). Também entram na lista as polícias Federal e Rodoviária Federal, a Receita Federal e o Exército, além de agências de inteligência.
Com o trabalho atual, é possível produzir investigações qualificadas, com base em informações de inteligência. Segundo a Desarme, um fuzil vale no mercado negro entre R$ 50 a R$ 70 mil. Em uma compra legal, nos Estados Unidos, por exemplo, a arma valeria 1,5 mil dólares.
Todas as portas de entrada do estado recebem fiscalização. Como resultado, a Polícia Civil apreendeu, em junho, 60 fuzis de guerra no aeroporto internacional do Rio de Janeiro, vindos de Miami.