Quatro testemunhas de defesa no Caso Eliseu depõem

Quatro testemunhas de defesa no Caso Eliseu depõem

Nesta terça-feira, chefe da Polícia Civil, delegado Ranolfo Vieira Júnior, deve depor

Estêvão Pires / Rádio Guaíba

publicidade

A 1ª Vara do Júri de Porto Alegre realizou, nesta segunda-feira, uma audiência fechada do processo sobre o assassinato do ex-secretário de Saúde da Capital, Eliseu Santos. A sessão ouviu quatro testemunhas de defesa dos executores da vítima, ligados a uma quadrilha de roubo de carros com atuação na região Metropolitana. Segundo o Tribunal de Justiça (TJ), a expectativa é de que mais de 100 pessoas tenham sido arroladas por advogados dos réus para depor, na busca da absolvição dos acusados. Todas as testemunhas de acusação já foram ouvidas.

Amanhã, prestam depoimento as testemunhas de defesa dos supostos mandantes do crime, os ex-dirigentes da empresa de segurança privada Reação Jorge Renato Hordoff de Mello e Marcelo Machado Pio. Também devem ser ouvidos os réus Marco Antônio Bernardes - que era cargo de confiança da Secretaria Municipal da Saúde quando Eliseu era o titular da pasta - e o ex-presidente municipal do PTB, José Carlos Brack.

Entre as pessoas que foram convidadas a depor, aparecem o atual Chefe de Polícia, delegado Ranolfo Vieira Júnior, o então titular da Delegacia de Homicídios do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Bolívar Llantada, e o titular da época da Delegacia de Roubos, também do Deic, Heliomar Franco.

Eliseu Santos morreu em 26 de fevereiro do ano passado, quando saía de um culto religioso com a mulher e a filha no bairro Floresta, zona Norte de Porto Alegre. Ele foi abordado por homens armados já dentro do carro. A Polícia Civil concluiu que a morte foi um caso de latrocínio.

O Ministério Público deu sequência às investigações com base nas provas obtidas no carro usado para a fuga, arrendado pela Reação. A empresa mantinha contratos para a vigilância dos postos de saúde da Capital, que foram rompidos depois que o assunto foi parar na Câmara de Vereadores. Na época, houve trocas de ofensas em público entre Hordoff de Mello e Eliseu Santos. A morte, segundo a tese dos promotores, ocorreu para acobertar atos de corrupção supostamente chefiados por Brack dentro da Secretaria da Saúde.


Bookmark and Share

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895