Raabe promove Rompendo o Silêncio no Largo Glênio Peres

Raabe promove Rompendo o Silêncio no Largo Glênio Peres

Grupo de apoio as mulheres que sofreram violência levarão ao local atendimento jurídico, psicológico e social

Correio do Povo

Atividade ocorre nesta terça-feira no Largo Glênio Peres

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Os indicadores de violência contra a mulher diminuíram no Rio Grande do Sul na comparação entre o primeiro semestre do ano passado e o deste ano. O número de femicídios, por exemplo, caiu de 55 para 37 (32,7%). Foram 18 vítimas a menos. Já as lesões corporais tiveram queda de 5,3% passando de 13.237 para 12.537 em todo o Estado. O volume de ameaças baixou 3%. Mas apesar das estatísticas positivas, o trabalho de conscientização é muito importante para ajudar a combater esse tipo de crime. Por isso, o projeto Raabe fará uma ação no Centro de Porto Alegre nesta terça-feira, que é o Dia Internacional do Combate à Violência Doméstica. A atividade Rompendo o Silêncio começará às 9h no Largo Glênio Peres, em parceria com as Secretarias Municipais Adjuntas do Idoso e da Mulher. A programação, com atendimento jurídico, psicológico e social, vai até às 17h.

Voluntárias distribuirão materiais informativos, com orientação sobre questões que envolvem a violência doméstica. A coordenadora do Raabe no Rio Grande do Sul, Carmem Pereira, explicou que o atendimento é feito durante o ano inteiro na sede da Universal, com acesso pela rua Comendador Manoel Pereira, 190, às segundas, terças e sextas-feiras, sempre no período da tarde. Desde 2012, 302 mulheres são acompanhadas. “Trabalhamos com a recuperação da autoestima das vítimas e isso tem ajudado muito pelo que elas relatam”, observou. Na segunda-feira, um grupo de voluntárias distribuiu panfletos em frente ao Mercado Público para divulgar o projeto. O Raabe foi idealizado pela apresentadora do programa Escola do Amor da TV Record, Cristiane Cardoso.

Conforme o secretário estadual da Segurança Pública, Airton Michels, é necessário quebrar o preconceito dentro das instituições policiais. “Nossas políticas de gênero colocam a polícia para atuar na prevenção e também após o crime. Isso nunca foi feito no Brasil. É uma iniciativa muito simples e que tem gerado resultados surpreendentes, visto que nenhuma mulher atendida pela Rede de Atendimento da Segurança Pública para o Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar morreu vítima de agressão”, afirmou ele.

A violência doméstica vitimiza, além de mulheres, crianças e idosos. Como auxílio ao combate, é necessária toda uma rede de atendimento para garantir a segurança de quem denuncia. A secretária adjunta da Mulher Porto Alegre, Waleska Vasconcellos, atribuiu a redução dos indicadores de casos contra a mulher à divulgação da Lei Maria da Penha. “Os agressores estão vendo que a legislação é uma defesa”, disse. O suporte a essas pessoas se dá através de abrigagem, atendimento jurídico e psicológico.

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