Reações adversas após aplicação de vacinas contra a Covid-19 fazem parte da ação dos imunizantes

Reações adversas após aplicação de vacinas contra a Covid-19 fazem parte da ação dos imunizantes

Orientação do Ministério da Saúde é de que um médico deve ser consultado se a sensação se prolongar por mais de quatro dias

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Também chamados de eventos adversos, as reações que podem ocorrer após a aplicação das vacinas contra a Covid-19 Coronavac, AstraZeneca e Pfizer são comuns e fazem parte da ação do imunizante no organismo, segundo explica a pediatra Flávia Bravo, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

“A vacina desperta o nosso sistema imune, as células inflamatórias, citocinas e outras substâncias que fazem parte da resposta imune e da resposta inflamatória, que se traduzem em sintomas como dor, inchaço e vermelhidão, reações que nem todas as pessoas apresentam porque é uma resposta individual”, afirma.

De acordo com a especialista, as reações da vacina da AstraZeneca e da Coronavac são mais comuns após a aplicação da primeira dose. Não há informações neste sentido sobre a vacina da Pfizer.

“É importante a população entender que o evento adverso mais intenso, leve ou moderado já é o esperado, não é preciso ter medo da segunda dose da vacina. O que está acontecendo agora, até por conta da divulgação excessiva de informações, é que os adultos não estão acostumados a tomar vacina, então qualquer sintoma ficam muito preocupados e se esquecem de que as crianças têm aqueles sintomas e a mãe vigia porque já sabe que vai acontecer”, explica.

Segundo Flávia, a AstraZeneca tem um perfil mais reatogênico que os outros, mas as reações mais comuns, como mal estar e febre, já estavam dentro do esperado e foram observados durante os testes clínicos.

“De um modo geral, estas reações aparecem pouco depois da vacinação e se resolvem entre 24 horas a 48 horas. O perfil de segurança da vacina da AstraZeneca não é diferente do perfil de segurança de outras que são muito reatogênicas, como é o caso da pentavalente que as crianças tomam. Reação adversa é possível com qualquer uma”, assegura.

A orientação do Ministério da Saúde é de que um médico deve ser consultado se a sensação se prolongar por mais de quatro dias, for muito intensa e de difícil controle ou se a pessoa vacinada apresentar dor abdominal persistente, inchaço nos membros inferiores e manchas vermelhas na pele longe do local de aplicação.

“É preciso notificar. É importante ficar atento aos sintomas que fogem da curva, que são mais sérios e persistentes por muito tempo, são sinais de que a reação não está dentro do esperado. Mas essas reações têm tratamento. Se a pessoa vigia os sintomas, faz a notificação e é acompanhada”, afirma.

Dor de cabeça, cansaço, dor no local da aplicação, enjoo, diarreia, dor muscular, dor ao engolir, calafrios, perda de apetite, tosse, dor nas articulações, coceira, coriza e congestão nasal, vermelhidão, inchaço e coceira no local da aplicação são as reações mais comuns da Coronavac.

Já as reações mais comuns após a aplicação da vacina da AstraZeneca, segundo a bula, são sensibilidade, dor, sensação de calor, vermelhidão, coceira, inchaço ou hematomas no local da aplicação, sensação de indisposição de forma geral, sensação de cansaço, calafrio ou sensação febril, dor de cabeça, enjoos, dor nas articulações ou dor muscular, febre acima de 38 °C, dor de garganta, coriza, tosse e calafrios.

As reações mais comuns após a aplicação da vacina da Pfizer são dor e inchaço no local de injeção, cansaço, dor de cabeça, diarreia, dor muscular, dor nas articulações, calafrios, febre, vermelhidão no local de injeção, náusea e vômito.


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