Recuperação da ERS 115 pode levar dois meses

Recuperação da ERS 115 pode levar dois meses

Prognóstico do governo do Estado desagradou prefeitos da região

Halder Ramos

Prognóstico do governo do Estado desagradou prefeitos da região

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O prognóstico inicial do secretário estadual dos Transportes, Pedro Westphalen, para a recuperação da ERS 115, entre Gramado e Três Coroas, não agradou os prefeitos da região. Apesar de não ser estimativa oficial, Westphalen declarou que as obras podem levar dois meses para serem concluídas. O encontro com as autoridades ocorreu na tarde de terça-feira. O secretário e o presidente da Empresa Gaúcha de Rodovias, Nelson Lídio Nunes, vistoriaram o trecho interditado da rodovia.

“Não importa o tempo. O mais importante é que não vai faltar dinheiro, nem disposição para recuperar a rodovia. Queremos fazer as obras com a maior agilidade possível”, garante o secretário.
Segundo ele, a recuperação do quilômetro 27 é tratada em caráter emergencial. O secretário observa que após a conclusão do projeto, que deve ocorrer até o final da semana, será contratada a empresa para executar a obra.

De acordo com o secretário, o governo estadual está preocupado com os eventos natalinos da região e trabalha para agilizar a execução dos serviços. “Vamos iniciar a obra imediatamente após a conclusão do projeto. Esperamos que não chova tanto. Temos ciência da importância dos eventos e do grande fluxo turístico, mas não temos como estabelecer um prazo definitivo”, diz.

O trânsito na ERS 115 está interditado entre os quilômetros 27 e 33. Com mais de um metro de profundidade, o desnível no quilômetro 27 tem aumentando gradativamente desde sexta-feira quando técnicos da EGR interromperam o tráfego de veículos no local. Além de ceder no quilômetro 27, a rodovia apresenta outro ponto com problemas no 29. Segundo o presidente da EGR, Nelson Lídio Nunes, os dois projetos serão executados simultaneamente.

Nunes observa que existem 34 pontos com rachaduras na rodovia, mas que os reparos não podem ser realizados pela complexidade das obras. “Não existe como prevenir. As rachaduras no quilômetro 27 existem desde o governo Collares, mas o problema foi ocorrer agora. Os deslizamentos foram provocados por excesso de chuvas. Toda a água escoou por baixo da pista e fez com que o solo ficasse encharcado”, pondera.

O prefeito de Gramado, Nestor Tissot, cobrou a liberação parcial da rodovia durante a execução das obras, mas os técnicos não deram garantia para a possibilidade. “Iremos receber mais de dois milhões de turistas até o final do ano. Existe o caminho por Nova Petrópolis, mas tememos que o trânsito pela ERS 235 fique sobrecarregado. Se conseguíssemos liberar o trânsito para veículos leves, iria facilitar o acesso”, reivindica Tissot.

Os prefeitos de Gramado, Canela, Santa Maria do Herval, Três Coroas e Igrejinha planejam ações para divulgar os caminhos alternativos para a região. Além de Nova Petrópolis, o acesso para quem vai da Região Metropolitana pode ser feito por Santa Maria do Herval e São Francisco de Paula. Também existem estradas vicinais pelo interior de Igrejinha e Três Coroas que ligam a Gramado e Canela.

O presidente do Sindicato da Hotelaria da Serra Gaúcha (SindTur), Fernando Boscardin, observa que a taxa de ocupação hoteleira no período dos eventos natalinos é superior a 80%. Para Boscardin, o setor turístico não deve sofrer prejuízos, mas destaca que é necessário agilidade para solucionar o problema. “Temos outros acessos para a região, como a Rota Romântica por Nova Petrópolis, que é um caminho muito bonito. Até o momento não sentimos reflexos da interdição. Esperamos que a solução seja rápida”, conclui.

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