Relatório sobre blecaute no Brasil deve sair em até 15 dias

Relatório sobre blecaute no Brasil deve sair em até 15 dias

Diretor do Operador Nacional do Sistema explica que equipes analisam o que causou curto circuitos

Agência Brasil

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O relatório sobre o blecaute de terça-feira, que atingiu as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Norte, deve sair dentro de 10 a 15 dias, informou o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, nesta quinta-feira. Segundo ele, o corte da energia foi causado por um curto nos circuitos 2 e 3 da rede nacional, mas ainda não se sabe o que provocou o curto.

Chipp disse que, somente com a análise técnica, que começou nesta quinta-feira, é que poderão ser identificados os principais motivos. Os técnicos precisam de tempo para fazer a avaliação, afirmou. "Quando cai um avião, esperam-se dois anos para descobrir o que houve com a caixa-preta. Isso é mais ou menos parecido, só que a gente nunca demora mais de um mês."

De acordo com o diretor do ONS, normalmente, os técnicos não apontam a causa sem uma avaliação mais detalhada. “Eles fazem a leitura de grandezas elétricas, de tensão de correntes. Observam equipamentos, com fotos, às vezes, se houve indício de dano em algum isolador, se algo foi chamuscado, se a origem foi essa, se foi um raio que causou o curto. Tudo isso tem que ser visto para dar a informação precisa", explicou Chipp.

O diretor acrescentou que serão verificadas também todas as medidas e providências que têm de ser tomadas para evitar a repetição do problema. De acordo com Hermes Chipp, pela situação energética, as interligações mais desfavoráveis são no Sul, no Sudeste e no Nordeste. Quanto à Região Norte, ele ressaltou que, nesta época do ano, aproveita-se a produção de Tucuruí, no Pará, para suprir de energia outras regiões e opera-se perto do limite da interligação. "Esses limites são critérios definidos, que somos obrigados a respeitar", citou.

Chipp participa, nesta tarde, de reunião com representantes do Ministério de Minas e Energia, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e das empresas FIP Brasil, Cemig, Eletronorte, proprietárias das linhas de transmissão onde ocorreram as falhas desta semana.


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