Relatório sobre blecaute no Brasil deve sair em até 15 dias
Diretor do Operador Nacional do Sistema explica que equipes analisam o que causou curto circuitos
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Chipp disse que, somente com a análise técnica, que começou nesta quinta-feira, é que poderão ser identificados os principais motivos. Os técnicos precisam de tempo para fazer a avaliação, afirmou. "Quando cai um avião, esperam-se dois anos para descobrir o que houve com a caixa-preta. Isso é mais ou menos parecido, só que a gente nunca demora mais de um mês."
De acordo com o diretor do ONS, normalmente, os técnicos não apontam a causa sem uma avaliação mais detalhada. “Eles fazem a leitura de grandezas elétricas, de tensão de correntes. Observam equipamentos, com fotos, às vezes, se houve indício de dano em algum isolador, se algo foi chamuscado, se a origem foi essa, se foi um raio que causou o curto. Tudo isso tem que ser visto para dar a informação precisa", explicou Chipp.
O diretor acrescentou que serão verificadas também todas as medidas e providências que têm de ser tomadas para evitar a repetição do problema. De acordo com Hermes Chipp, pela situação energética, as interligações mais desfavoráveis são no Sul, no Sudeste e no Nordeste. Quanto à Região Norte, ele ressaltou que, nesta época do ano, aproveita-se a produção de Tucuruí, no Pará, para suprir de energia outras regiões e opera-se perto do limite da interligação. "Esses limites são critérios definidos, que somos obrigados a respeitar", citou.
Chipp participa, nesta tarde, de reunião com representantes do Ministério de Minas e Energia, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e das empresas FIP Brasil, Cemig, Eletronorte, proprietárias das linhas de transmissão onde ocorreram as falhas desta semana.