Resultado oficial sobre metais na erva-mate deve atrasar dois meses
Amostras serão analisadas no Rio de Janeiro, não mais no Lacen, em Porto Alegre
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• Sindimate suspeita que metais na erva foi ocasionada por chuva ácida
• Chumbo e cádmio não se desprendem na água quente, garante Sindimate
• Erva-mate exportada do RS para o Uruguai será analisada
O Lacen deve agora enviar as amostras ao RJ. As primeiras serão encaminhadas em setembro com previsão de 30 dias para o resultado. Um acordo de cooperação técnica permite a parceria entre os dois laboratórios. Durante quatro meses, serão remetidas amostras, sempre quatro por mês.
De um total de 300 amostragens de erva-mate produzida no Rio Grande do Sul, 15 registraram níveis acima do permitido de cádmio e chumbo, de acordo com o laboratório da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e Missões (URI). A instituição emitiu os laudos a pedido de ervateiras. O MP, no entanto, espera o resultado de um órgão oficial, no caso, o Fiocruz.
A quantidade de cádmio permitido na erva-mate é de 0,4 mg/kg e de 0,6 mg/kg de chumbo. Porém, em algumas amostras o teor de cádmio encontrado chegou a 1 mg/kg, assim como o de chumbo. Porém, na média, os resultados ficaram na casa de 0,35 mg/kg e 0,34 mg/kg, respectivamente.
Adubo e qualidade do solo podem ter provocado a contaminação. O Sindicato da Indústria do Mate do Estado do Rio Grande do Sul (Sindimate) garante que o consumo não é prejudicial à saúde, uma vez que os índices de metais na erva são baixos.