Rio+20 terá evento pelo retorno do Fórum Social Mundial a Porto Alegre

Rio+20 terá evento pelo retorno do Fórum Social Mundial a Porto Alegre

Ideia é que a cidade que já registrou quatro edições dos debates se transforme em sede permanente

Danton Júnior/Correio do Povo

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Um movimento pela volta do Fórum Social Mundial a Porto Alegre em 2013 será lançado na próxima semana, no Rio de Janeiro, durante a Rio+20. O objetivo é obter apoio para que a Capital seja estabelecida de forma definitiva como sede do evento, sempre nos meses de janeiro, como um contraponto ao Fórum Econômico Mundial de Davos.

Desde 2001, Porto Alegre já sediou quatro edições do FSM, além do Fórum Temático, neste ano, e da edição descentralizada de 2010. O movimento será lançado no dia 19 de junho, às 15h, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, com as presenças do governador Tarso Genro e do prefeito José Fortunati.

O comitê internacional do FSM ainda precisa aprovar a proposta. A ideia inicial era de que a edição de 2013 ocorresse no Norte da África. Mas, de acordo com o membro do comitê do FSM em Porto Alegre e diretor da Força Sindical/RS, Lélio Falcão, a instabilidade política daquela região poderá abrir o caminho para Porto Alegre. A confirmação, segundo ele, depende de “uma construção coletiva”, o que inclui o apoio de órgãos públicos ao evento. Falcão calcula em 90% as chances de a Capital gaúcha voltar a sediar o evento.

A exemplo do que ocorreu no Fórum Temático de 2012, que serviu de preparação para a Rio+20, o evento do próximo ano deverá ter entre os seus debates uma avaliação profunda das ações tomadas na conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável. Para Falcão, a volta do FSM a Porto Alegre é uma forma de mobilizar novamente um grande número de pessoas para o evento, assim como ocorreu com a edição de 2005, que contou com cerca de 250 mil participantes. “O fórum de 2011 na África foi um fracasso sob vários aspectos, 80% do planejado não aconteceu”, observou.

A prefeitura já confirmou apoio à iniciativa. “A cidade ganha no sentido de que ela se consolida ainda mais como a capital mundial da democracia participativa”, avaliou a coordenadora de Relações Internacionais da Secretaria de Governança, Daniely Votto. De acordo com ela, além de incentivar o turismo e a economia, o FSM é uma forma de apresentar Porto Alegre como “uma cidade onde se pensa diferente”.


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