Rio Grande do Sul ultrapassa 40 mil mortes por Covid-19

Rio Grande do Sul ultrapassa 40 mil mortes por Covid-19

Estado é o quinto em número de óbitos no Brasil

Giullia Piaia

Rio Grande do Sul tem 2,8 milhões de casos da Covid-19

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O Rio Grande do Sul ultrapassou a marca de 40 mil óbitos em decorrência da Covid-19. Após vários dias acima de 39,9 mil mortes, os dados foram atualizados nesta quarta-feira, marcando 40.005 vítimas da doença. Desde o anúncio da primeira morte em solo gaúcho, em 25 de março de 2020, morreram o equivalente à população de Torres, no Litoral Norte.

O RS é o quinto estado em número de mortes, atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná, de acordo com o Ministério da Saúde. No extremo Sul do país, segundo dados do governo federal atualizados na tarde de terça-feira, observa-se uma taxa de mortalidade igual a 352,6 para cada 100 mil habitantes.

Dos 457 municípios gaúchos, apenas 54 contam com mais de 40 mil habitantes, assim sendo, o número de mortos é maior que a população das outras 403 cidades do RS. Se o vírus se limitasse a uma única localidade, municípios como Rio Pardo, Estrela, Barros Cassal e Bom Princípio teriam desaparecido. Apenas um município não sofreu nenhuma perda para a Covid-19: Novo Tiradentes, no Norte do Estado. Pouco mais de 2 mil pessoas vivem ali e, felizmente, dos 455 casos da doença registrados no município, nenhum passou por complicações graves.

A marca de 20 mil mortes foi ultrapassada no início de abril de 2021, cerca de um ano após o primeiro caso. Os 20 mil seguintes não foram ultrapassados de forma tão acelerada, muito em decorrência da vacinação, apesar de o auge da pandemia ter ocorrido em abril do ano passado. A comparação entre o número de casos e mortes por Covid-19 no Brasil mostra que a atual quarta onda da doença mata 11 vezes menos que no auge da pandemia, em abril de 2021.

"O número de novas mortes cai bastante porque as vacinas vão se aprimorando e ficando mais fortes e eficientes. Se as pessoas continuarem se imunizando, é assim que vai acabar a pandemia", disse Pedro Hallal, professor do Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelotas e pesquisador, em entrevista ao R7, em junho deste ano.

O infectologista Renato Kfouri, diretor da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), explica que, além da redução da mortalidade, estamos vendo o avanço sem volta da subnotificação de casos. "Temos uma letalidade reduzida e números de testes falseados pela baixa notificação", diz Kfouri. Ele acrescenta que, mesmo antes da chegada dos autotestes (comprados em farmácia e que não exigem o registro oficial dos resultados positivos), as pessoas poucas vezes buscavam o exame para constatar a Covid-19. "E a tendência é essa, de termos cada vez menos notificação, até porque a doença vai ficando comum, endêmica. Ninguém reporta gripe, por exemplo, e com a Covid será assim também."


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