Rodoviários de Porto Alegre recebem reajuste no vale-alimentação dentro do prazo

Rodoviários de Porto Alegre recebem reajuste no vale-alimentação dentro do prazo

Com o cumprimento da demanda, a possibilidade de uma greve está descartada

Felipe Faleiro

publicidade

Após as reivindicações dos rodoviários de Porto Alegre, que haviam sinalizado realizar uma paralisação nas linhas da Zona Sul na semana passada, a grande pauta da categoria sindical foi cumprida, de acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Coletivos Urbanos de Passageiros de Porto Alegre (STETPOA), Sandro Abbáde.

A demanda em questão se referia ao pagamento do vale-alimentação de R$ 30 por dia, conforme reajuste e condições aprovadas em convenção coletiva, como o depósito integral no último dia de cada mês.

“No sábado, 2, a maioria das empresas já conseguiu pagar”, salientou ele, informando que apenas a Trevo, integrante do Consórcio Viva Sul, ainda não havia efetuado o pagamento até as 10 horas desta terça-feira, mas o repasse estava em vias de ser realizado. Com o cumprimento da demanda, a possibilidade de uma greve está descartada.

Também na semana passada, representantes do STETPOA e da Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP), que engloba as empresas, se reuniram com o prefeito Sebastião Melo para buscar uma solução ao impasse então existente.

A proposta inicial da Prefeitura e ATP havia sido pagar o vale-alimentação em duas parcelas: 50% no final de março e os outros 50% até 21 de abril, o que não foi aceito pelos rodoviários. A proposta seguinte foi aprovada pela categoria, de 70% até o último dia de março e os 30% restantes até esta terça.

Outra reivindicação dos rodoviários, o pagamento da diferença do salário de março de 2020, referente a 12 dias, será pago no mês que vem, conforme Abbáde, o que, na realidade, já estava previsto na convenção coletiva do setor.

Apesar das relativas diferenças, havia, porém, uma pauta em que ambas as associações concordaram desde o início, referente à dívida de R$ 14 milhões da Prefeitura com as empresas. Os subsídios eram uma forma de a Administração não aumentar a tarifa do transporte coletivo de R$ 4,80 para R$ 5,20 na Capital; no entanto, o pagamento foi atrasado em três meses: R$ 2,8 milhões de 2021 e o restante relativo a fevereiro e março deste ano. 

A Prefeitura, por sua vez, reforçou que fará o repasse do valor devido dos subsídios do ano passado nos próximos dias, e avalia o adiantamento de um novo aporte referente ao mês de fevereiro. Já a Associação dos Transportadores de Passageiros também confirmou que as demandas foram atendidas quanto aos valores, já que não houve mais nenhuma manifestação por parte dos rodoviários nos últimos dias, no sentido de buscar uma nova mobilização.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895