RS registra alta de 4% no número de mortes entre 2019 e 2020, indica IBGE

RS registra alta de 4% no número de mortes entre 2019 e 2020, indica IBGE

Índice ficou abaixo da média nacional e foi o menor entre as unidades da federação durante o período

Correio do Povo

publicidade

A pesquisa Registro Civil 2020, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada na manhã desta quinta-feira, indicou que o Rio Grande do Sul teve alta de 4% no número de registros de óbitos entre 2019 e 2020. O Estado ficou abaixo da média nacional, contabilizada em 14,9%, e teve o menor índice entre todas as unidades da federação no período. O Amazonas teve o maior aumento no número de mortes entre os territórios: 31,9%.  

No Rio Grande do Sul, o volume de óbitos registrados foi de 92.792 em 2020. Esse total representa um aumento de 4,0% (ou 3.572 óbitos) em relação a 2019, e foi relativamente maior para os homens (5,7%) que para as mulheres (2,1%).

Entre os óbitos extras ocorridos no ano passado em todo o país, 99,2% foram por causas naturais, classificação que inclui as mortes decorrentes de doenças, inclusive a Covid-19. A maioria ocorreu entre os maiores de 60 anos, a faixa etária mais vulnerável ao coronavírus. O levantamento do IBGE registrou ainda aumentos importantes na regiões Norte (25,9%) e no Centro-Oeste (20,4%). O Nordeste (16,8%) também teve alta superior à média do país (14,9). Sudeste (14,3%) e Sul vieram a seguir (7,5%).

A maior alta desde 1984 

Em números totais, a quantidade de óbitos no Brasil em 2020 chegou a 1.513.575. Considerando-se apenas os registros com sexo e idade informados, temos 1.510.068 óbitos, com alta anual de 14,9%, ou 195.965 mortes a mais que em 2019. Tanto em percentual quanto em números absolutos, foi a maior alta desde 1984. Conforme o IBGE, o aumento percentual de óbitos entre os homens (16,7%) superou o das mulheres (12,7%). A maior parte das mortes foi na faixa dos 60 anos ou mais de idade. Para as idades abaixo de 20 anos, houve redução dos óbitos entre 2019 e 2020.

A mortes ocorridas nas dependências de hospitais chegaram ao índice de 73,5%, enquanto aquelas registradas em domicílios ficaram em 20,7% e outros 5,8% foram em outros locais de ocorrência ou sem declaração. Além disso, 99,2% dos 195.965 óbitos ocorridos a mais, de 2019 para 2020, foram óbitos por causas naturais. "Olhando para a série histórica, nunca tínhamos registrado alterações tão importantes de um ano para o outro", afirmou a gerente da pesquisa, Klívia Brayner.

Menos filhos em 2020 

A pesquisa do IBGE mostrou ainda que houve queda de 4,7% em 2020 no número de registros de nascimentos, após a redução de 3,0% em 2019. Foram 2.728.273 registros de nascimentos em 2020 e, desse total, 2.678.992 se referem a crianças nascidas em 2020 e registradas até o 1º trimestre de 2021. Cerca de 2% (49 281) são nascidos em anos anteriores ou com o ano de nascimento ignorado.

A queda do número de nascimentos entre 2019 e 2020, segundo os pesquisadores do IBGE, é expressiva, embora seja mais difícil de ser relacionada diretamente à pandemia. De acordo com o levantamento, o número pode estar revelando atraso nos registros por causa do isolamento social, das restrições da mobilidade e do fechamento dos cartórios.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895