Sábado com movimento tranquilo na vacinação contra Covid-19 em Porto Alegre

Sábado com movimento tranquilo na vacinação contra Covid-19 em Porto Alegre

Campanha atendeu idosos com 66 anos ou mais

Taís Teixeira

publicidade

O sábado foi de continuidade da campanha de imunização em Porto Alegre contra a Covid-19 para idosos com 66 anos ou mais. O público-alvo recebeu a primeira dose de Coronavac e a segunda aplicação para aqueles que foram vacinados anteriormente com a Coronavac há mais de 21 dias. As equipes trabalharam  das 9h às 15h nas unidades de saúde (US) São Carlos, Assis Brasil e Álvaro Difini e no drive-thru do Estádio Beira-Rio.

O movimento no drive-trhu estava calmo. A enfermeira da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e coordenadora da vacinação no drive-thru, Cristiane Panizzon, disse que 1,2 mil doses estavam à disposição para quem se deslocasse até o local.

“Estamos organizados com oito chancelas para receber os carros, mas esse número pode mudar conforme o movimento", reforça. Cerca de 30 pessoas estavam na atividade, sendo seis apoiadores da SMS, quatro apoiadores da Droga Raia (uma das 20 farmácias habilitadas para ofertar vacinas para profissionais da saúde que não atuam na linha de frente), oito aplicadores da Droga Raia, cinco aplicadores do Exército Brasileiro e mais o pessoal que estava na operação logística.

As pessoas puderam fazer doação de alimentos não perecíveis para a campanha da prefeitura e do Banco de Alimentos do  Rio Grande do Sul, que começou nos drives-thru na terça-feira. Até o momento, mais de 3 toneladas foram arrecadadas.

Um grupo de músicos da Orquestra Jovem do Rio Grande do Sul estava no local, oferecendo um pequeno recital durante a ação. O professor Davi Rosa disse que o trabalho está acontecendo desde o começo do  sistema de vacinação via drive-trhu, a convite da prefeitura. “É um carinho que estamos oferecendo a todos”, reitera.

Dia de vacinação e valorização

A aposentada Denise Ramires, de 68 anos, foi receber a primeira dose de Coronavac com um cartaz  nas mãos que dizia “com as frases “ Valoriza SUS, “ Viva o Sus e “Vacina sim”. A idosa entende que devido ao sistema único de saúde é possível a imunização gratuita. “ Temos que agradecer”, enfatiza. No entanto, está apreensiva. “Temo ter alguma reação”, explica.

Parte do medo pode ser atribuído ao que aconteceu com o marido da filha, a servidora pública municipal, Margarete Silva. O marido, que atuava como técnico de enfermagem  na Unidade de Saúde da Vila Cruzeiro, tinha tomado as duas doses da Oxford, mas  testou positivo para Covid-19 quatro dias após a segunda dose.  “Ele não chegou a ser totalmente imunizado e faleceu no dia 17 de março”, conta Margarete.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895