Saúde especifica como deve ser o atendimento para casos suspeitos de varíola do macaco

Saúde especifica como deve ser o atendimento para casos suspeitos de varíola do macaco

Doença já deixa mais de 200 infectados no Brasil

Correio do Povo

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O Ministério da Saúde divulgou nessa quinta-feira uma nota técnica com orientação para as equipes da Atenção Primária à Saúde (APS) sobre a varíola do macaco, dando detalhes de como deve ser o atendimento de casos suspeitos da doença e quais são os critérios clínicos de gravidade envolvendo a complicação. A enfermidade já deixa mais de 200 infectados no Brasil, quatro deles no Rio Grande do Sul. 

De acordo com a nota técnica, as unidades que fazem parte da APS são orientadas a fazer o atendimento inicial dos usuários com suspeita da doença e indicar internação hospitalar para os casos que apresentem sinais de gravidade. Ainda é recomendado aos profissionais de saúde desses estabelecimentos o uso de equipamentos de proteção individual (EPI) desde o acolhimento e que o paciente também use máscara e seja separado dos demais usuários.

O documento apresenta as características para que o profissional de saúde faça a definição dos casos (suspeito, confirmado, descartado e provável). Também são especificados:

  • Os critérios clínicos de gravidade (como confusão, sepse, estado da lesão);
  • As características diferenciadas dos casos atuais;
  • A população de risco (crianças, gestantes e imunossuprimidos);
  • O fluxo de atendimento;
  • Instruções sobre as coletas das amostras (exames confirmatórios e para diagnóstico diferencial), o armazenamento e transporte de coletas clínicas para exame laboratorial e a avaliação dos exames;
  • O fluxo de reavaliação do paciente;
  • As opções de tratamento medicamentoso, os cuidados com as lesões cutâneas e as orientações para o isolamento domiciliar;
  • O monitoramento dos contatos (pessoas expostas a um caso suspeito, provável ou confirmado de MPX,) e dos pacientes, bem como as possíveis complicações.

O que é a varíola do macaco

É uma doença zoonótica viral, cuja transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animal ou humano infectado ou com material corporal humano contendo o vírus. Apesar do nome, os macacos não são reservatórios.

Os sinais e sintomas duram de duas a quatro semanas. O período de incubação, quando a pessoa infectada é assintomática, é tipicamente de seis a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias. Inicialmente, os sintomas incluem febre súbita, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão.


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