Segundo grupo de venezuelanos chega ao Rio Grande do Sul

Segundo grupo de venezuelanos chega ao Rio Grande do Sul

Maioria dos imigrantes que ficarão em Canoas são famílias

Correio do Povo

Boeing 767 da Força Aérea Brasileira pousou no começo da tarde

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O segundo grupo de venezuelanos está em solo gaúcho. O sonho de uma nova vida começa a partir de agora. Cerca de 200 imigrantes vindos de Roraima desembarcaram no começo da tarde desta quarta-feira no Salgado Filho. As famílias, agora, irão se dirigir para Canoas, na região Metropolitana, cidade que junto com Esteio está recepcionando e acolhendo os venezuelanos no Estado. Do aeroporto eles serão levados para um alojamento localizado na rua Argentina, bairro São José

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Todos os solicitantes de refúgio e de residência que aceitaram participar da interiorização foram vacinados, submetidos a exame de saúde e regularizados no Brasil – inclusive com CPF e carteira de trabalho. A interiorização é uma iniciativa criada para ajudar venezuelanos em situação de extrema vulnerabilidade a encontrar melhores condições de vida.

As prioridades a partir da chegada dos venezuelanos serão o acolhimento, o auxílio com a língua e a inserção deles na comunidade e no mercado de trabalho, para que consigam conquistar a independência.

As famílias ficarão hospedadas em apartamentos de três pousadas que foram alugados pela Organização das Nações Unidas (ONU) por, pelo menos, seis meses. Durante esse período, também receberão alimentos das Forças Armadas. Em Canoas, a Aeronáutica ficará responsável pelo repasse dos produtos. “A maioria (dos alimentos) é in natura para que os venezuelanos façam suas comidas, mais por uma questão de tempero e adaptação”, explicou Busato.

As pousadas que abrigarão os imigrantes precisam, no entanto, do Plano de Prevenção e Proteção contra Incêndios (PPCI). Devido a alguns problemas, o Corpo de Bombeiros deu prazo de 30 dias para que mudanças sejam realizadas para que o alvará seja concedido.

Para o prefeito de Canoas, Luiz Carlos Busato, o acolhimento é uma questão humanitária e ao mesmo tempo importante para o crescimento da cidade. " Muitos deles possuem curso superior, tem qualificações e não estão deixando seu país por mera vontade, mas por necessidade, são 400 pessoas que estão sofrendo."

De acordo com ele, os venezuelanos precisarão de assistência e o programa Gerações da prefeitura irá auxiliar e gerar empregos. "Vamos fazer um chamamento, através do programa, de professores de Português, assistentes sociais que hoje estão em casa e não têm uma oportunidade".


Esteio

A cidade receberá nesta quinta-feira outro grupo de imigrantes, que desembarcarão no Aeroporto Salgado Filho por volta das 16h e depois seguirão até um abrigo na Vila Osório.

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