Segurança extra contra apagão custaria até R$ 600 mi/mês

Segurança extra contra apagão custaria até R$ 600 mi/mês

Sistema extra seria baseado em usinas térmicas e poderia manter o funcionamento diário de 4 mil megawatts

AE

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A implementação de um sistema adicional de segurança para reduzir a dependência do País frente a Itaipu geraria um custo adicional de R$ 500 milhões a R$ 600 milhões por mês. Segundo o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, o sistema extra seria baseado em usinas térmicas e poderia manter o funcionamento diário de 4 mil megawatts.

"Para eu ter uma segurança que suporte esse tipo de contingência de probabilidade remota precisaria reduzir o carregamento que chega à subestação de Tijuco Preto (SP) em cerca de 4 mil megawatts. Isso custa até R$ 600 milhões por mês. É um absurdo para a probabilidade remota dessa contingência", disse Chipp.

O diretor também disse hoje que o ONS pretende entregar ao governo e à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), no dia 4 de dezembro, o Relatório de Análise de Perturbação (RAP) com informações detalhadas sobre o blecaute que deixou 18 Estados sem luz na noite do último dia 10.

"Temos 30 dias dados pelo ministro, que vencem no dia 15 de dezembro. Mas, pela importância e relevância, estamos fazendo todos os esforços para entregar até sexta-feira da próxima semana", afirmou Chipp, que participou de audiência pública da Comissão de Infraestrutura do Senado para debater as causas do blecaute.

A oposição esteve praticamente ausente do debate. Além do senador Eliseu Resende (DEM-MG), que é vice-presidente da comissão e acompanhou a sessão desde o início, apenas um outro oposicionista, o senador Efraim Morais (DEM-PB) apareceu, no fim da audiência, para fazer perguntas.

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