Sem avanço em reunião na prefeitura, rodoviários acenam com protestos
Sindicato deverá iniciar uma série de manifestações a partir desta quarta-feira
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O prefeito afirmou que não pode atuar na negociação salarial, já que a discussão deve ocorrer entre trabalhadores e as empresas. O vice-presidente do sindicato que representa os trabalhadores, Sandro Abbade, disse que a reunião “não deu em nada” e, por isso, promete série de protestos a partir de quarta-feira.
Caso não haja negociação até a meia-noite, a categoria deve diminuir a velocidade dos ônibus nos corredores durante a manhã desta quarta, ação conhecida como “operação tartaruga”. A proposta do sindicato é informar os trabalhadores sobre as pendências e indefinições envolvendo o salário dos rodoviários. Entre motoristas, cobradores e pessoal de escritório, a categoria soma 9 mil trabalhadores.
Representando a Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre (ATP), o advogado do sindicato das empresas de ônibus da Capital (Seopa), Alceu Machado, afirmou que, na última reunião, há mais de uma semana, os rodoviários simplesmente disseram não ter aceito a proposta, e não comunicaram as empresas formalmente.
A reivindicação principal é reposição da inflação do INPC dos últimos 12 meses mais 3,5% de reajuste e vale-refeição de R$ 29. O Seopa, até agora, ofereceu o INPC pago em dois momentos: fevereiro e julho. Outra pendência envolve o plano de saúde, já que a empresa responsável pediu reajuste de 21% e contribuição para consulta. Conforme Machado, a ATP não deve procurar a categoria hoje mas, caso seja procurada, está aberta a negociação.