Servidores da Fundação Piratini temem demissões a partir da primeira semana de janeiro

Servidores da Fundação Piratini temem demissões a partir da primeira semana de janeiro

Funcionários da TVE e FM Cultura realizaram protesto nesta segunda-feira

Samantha Klein / Rádio Guaíba

Servidores da Fundação Piratini temem demissões a partir da primeira semana de janeiro

publicidade

A TVE e FM Cultura estão fechadas para ingresso de funcionários desde a última sexta-feira. Há uma semana, a programação repete apenas o sinal da EBC. Servidores que fizeram cinco dias de greve e previam retornar ao trabalho, nesta segunda-feira, foram surpreendidos pelo anúncio de um recesso coletivo de dez dias, que entrou em vigor no sábado passado. O temor é de que as demissões sejam aceleradas nesse período. Na manhã desta segunda-feira, funcionários realizaram um protesto em frente a portões cerrados e sob a observações de policiais militares.

A direção jurídica da TVE também informou os funcionários que o recesso pode se estender até o dia 10 de janeiro. O prédio onde estão alocadas as instalações da TVE e da FM Cultura segue fechado, pelo menos até o dia 2, para o ingresso de qualquer pessoa, exceto integrantes de direções.

Segundo a repórter da TVE, Angélica Coronel, ninguém pode retirar pertences do local. Conforme a servidora, essa é uma tática para manter os funcionários distantes do local de trabalho. “O que eles querem é evitar nos olhar nos olhos e nos manter longe. No lugar deles, eu teria vergonha de olhar para minha filha, por exemplo”.

O secretário estadual da Comunicação, Cléber Benvegnú, confirmou que o governador não sancionou a extinção da Fundação Piratini e o governo não publicou nenhum ato a respeito. Quem vai conduzir o processo é um grupo a ser montado com integrantes da Casa Civil, Secretaria Geral, Fazenda e PGE.

O decreto de extinção, porém, pode ser assinado ainda nesta semana caso o governador sancione os dois projetos de lei que extinguiram nove fundações. O recesso do Judiciário segue até 9 de janeiro. Por isso, somente depois disso um grupo de advogados vai ingressar com uma ação judicial contra a extinção das fundações.

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895