Servidores denunciam morte de cães por falta de ração em presídios

Servidores denunciam morte de cães por falta de ração em presídios

Susepe abriu pregão eletrônico para comprar comida para seis meses

Fernanda Pugliero

Cães que auxiliam na guarda de presídios morrem por falta de ração

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Servidores denunciaram a morte de cães em penitenciárias do Rio Grande do Sul por falta de verba para a compra de ração. O caso mais grave estaria ocorrendo na penitenciária de Osório.

A deputada estadual Regina Becker (Rede) afirmou que entrará com uma representação no Ministério Público Estadual para denunciar o fato. A parlamentar afirmou que as denúncias partiram de pessoas que atuam diretamente nos cuidados a esses animais que auxiliam na guarda do sistema prisional gaúcho. “Eu soube da denúncia nas últimas semanas. De que isso vem ocorrendo sucessivamente. As denúncias partiram de alguns servidores do sistema prisional gaúcho”, afirmou a deputada.

Ela disse ainda que se reuniu com o chefe da Casa Militar, no Palácio Piratini, tenente-coronel Everton Oltramari, para informar sobre a situação. O secretário estadual de Segurança Pública, Wantuir Jacini, teria telefonado para Regina após 15 minutos para conversar sobre o caso.

“A minha posição é a de defesa desses animais. Condená-los à morte em uma situação dessas é inadmissível para o Estado. Eles não cometeram nenhum tipo de delito e estão recebendo uma pena mais rigorosa que os próprios detentos”, expôs a deputada.

A reportagem tentou ouvir a da Superintendência de Serviços Penitenciários do Estado (Susepe) e também a Brigada Militar que respondem pelas cadeias no estado. A assessoria de imprensa da BM comunicou que só administra os presídios Central e de Charqueadas, onde não foram registradas mortes de cães. Da Susepe não houve retorno.

A apuração confirmou, no entanto, a abertura de um pregão eletrônico nesta quarta-feira, por parte da Susepe, para a aquisição de ração, por seis meses, para os 330 cães de todo o sistema penitenciário gaúcho. Outra informação é de que no presídio de Santa Maria, na região central do Estado, a ração é fabricada pela própria Susepe na tentativa de driblar o problema.

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