Servidores do Judiciário e do MPE protestam na Praça da Matriz

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Categoria pediu apoio dos deputados para votar projetos de reposição salarial

Correio do Povo

Servidores do Judiciário e do MPE protestam na Praça da Matriz

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Servidores do Judiciário e do Ministério Público do Estado (MPE) realizaram nesta terça uma assembleia geral unificada na Praça da Matriz. Ao término da plenária, decidiram pressionar os parlamentares, ocupando os corredores do segundo pavimento do Palácio Farroupilha e também o acesso ao gabinete da líder do governo na Assembleia Legislativa, deputada estadual Miriam Marroni (PT). Após reunião de líderes, eles pediram apoio dos deputados para colocar em votação os projetos de lei 182/2011 (Judiciário) e 196/2011 (MP), que tratam da reposição salarial de 12% das categorias. O reajuste, se aprovado, se dará em três parcelas, sendo a última paga em janeiro de 2012.

No final da manhã, uma comissão formada por servidores e dirigentes dos sindicatos dos Servidores do Judiciário Estadual e do Ministério Público foi recebida pelo chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, no Palácio Piratini. Durante a manhã, para que todos pudessem participar da atividade, os servidores revezavam o atendimento das demandas com os colegas. O diretor de Comunicação do Sindicato dos Servidores da Justiça do RS (Sindjus/RS), Luiz Mendes, acusa o governo de “tentar segurar a votação dos projetos que já têm orçamento garantido”.

Para Mendes, segurar as reposições é um desrespeito. Caso as propostas não sejam votadas em plenário até o dia 30 de agosto, as categorias acenam com as possibilidade de virem a deflagrar greve por tempo indeterminado. “Se isso ocorrer, os servidores somente retomarão as atividades quando receberem o reajuste”, advertiu.

Apesar da pressão, os projetos não foram apreciados. A decisão foi tomada no final da manhã, durante reunião do Colégio de Líderes, conduzida pelo presidente do Legislativo, deputado Adão Villaverde (PT). Conforme a líder de governo, o índice proposto pelas categorias comprometeria a capacidade de financiamento do Estado. “O governo está discutindo este tema com os poderes, porque surpreendeu o índice proposto para este ano”, disse Miriam.

De acordo com a parlamentar, a concessão de 12% “fere um pouco a capacidade de endividamento do Estado”. Segundo ela, o governoprojeta uma série de financiamentos internacionais para 2012 que dependem do equilíbrio no Orçamento do Estado, por isso está discutindo com os poderes uma proposta alternativa que não inviabilize a obtenção desses financiamentos.

Categoria pediu apoio dos deputados para votar projetos de reposição salarial | Foto: Bruno Alencastro

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