Servidores do Judiciário e do MPE protestam na Praça da Matriz
Categoria pediu apoio dos deputados para votar projetos de reposição salarial
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No final da manhã, uma comissão formada por servidores e dirigentes dos sindicatos dos Servidores do Judiciário Estadual e do Ministério Público foi recebida pelo chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, no Palácio Piratini. Durante a manhã, para que todos pudessem participar da atividade, os servidores revezavam o atendimento das demandas com os colegas. O diretor de Comunicação do Sindicato dos Servidores da Justiça do RS (Sindjus/RS), Luiz Mendes, acusa o governo de “tentar segurar a votação dos projetos que já têm orçamento garantido”.
Para Mendes, segurar as reposições é um desrespeito. Caso as propostas não sejam votadas em plenário até o dia 30 de agosto, as categorias acenam com as possibilidade de virem a deflagrar greve por tempo indeterminado. “Se isso ocorrer, os servidores somente retomarão as atividades quando receberem o reajuste”, advertiu.
Apesar da pressão, os projetos não foram apreciados. A decisão foi tomada no final da manhã, durante reunião do Colégio de Líderes, conduzida pelo presidente do Legislativo, deputado Adão Villaverde (PT). Conforme a líder de governo, o índice proposto pelas categorias comprometeria a capacidade de financiamento do Estado. “O governo está discutindo este tema com os poderes, porque surpreendeu o índice proposto para este ano”, disse Miriam.
De acordo com a parlamentar, a concessão de 12% “fere um pouco a capacidade de endividamento do Estado”. Segundo ela, o governoprojeta uma série de financiamentos internacionais para 2012 que dependem do equilíbrio no Orçamento do Estado, por isso está discutindo com os poderes uma proposta alternativa que não inviabilize a obtenção desses financiamentos.
Categoria pediu apoio dos deputados para votar projetos de reposição salarial | Foto: Bruno Alencastro