Servidores não aceitam ocupação de metade do plenário

Servidores não aceitam ocupação de metade do plenário

Liminar derrubou restrições ao acesso à Assembleia Legislativa

Flávia Bemfica

Servidores não aceitam ocupação de metade do plenário

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À espera da votação do projeto do governo do Estado, que prevê o aumento de alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), os servidores grevistas que estão acampados em frente à Assembleia Legislativa, no Centro de Porto Alegre, decidiram não aceitar a ocupação de metade do plenário durante a decisão desta terça-feira. Os manifestantes entendem que parte do movimento não pode deixar de acompanhar a votação.

Na metade da manhã, a direção do movimento unificado dos servidores, se reuniu com o presidente da Assembleia, Edson Brum (PMDB). Os servidores querem a garantia de que poderão ocupar todos os outros espaços públicos da Assembleia. Eles reivindicam maior número de senhas caso a sessão não consiga preencher seus 145 lugares pré-determinados.

"Não é justo que fiquemos aqui na chuva enquanto o governo ocupa sua parte das galerias com ccs e por isso não estarão trabalhando", disse o vice-presidente do Cpers Sindicato Luiz Veronezi. Segundo ele, os servidores tentarão negociar a ocupação dos espaços até o último momento com Brum. "Mas se ele (Brum) não der jeito, vamos aumentar a pressão, inclusive com corpo a corpo", completou Veronezi.

Nessa segunda-feira, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) deferiu parcialmente liminar pedida pelas bancadas do PT, PC do B e PSol para derrubar as restrições ao acesso à Assembleia Legislativa. De acordo com a decisão, o acesso foi garantido, mas será limitado a 290 senhas, que serão distribuídas em 50% para favoráveis ao projeto e 50% contrários.

O movimento em frente à Assembleia cresceu nas últimas horas, principalmente depois que sindicalistas que bloquearam o trânsito na entrada e na saída de Porto Alegre realizaram caminhada até a Praça da Matriz. Ao menos 300 policiais estão nas imediações da Casa e integram o isolado de ruas próximas. Os servidores públicos usam os seguintes slogans na concentração: "Sartori, salafrário, devolve meu salário" e "Sartori, caloteiro", devolve meu dinheiro".


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