Sindicato espera inspeção de dragas para retomar extração de areia no Jacuí

Sindicato espera inspeção de dragas para retomar extração de areia no Jacuí

Justiça Federal liberou os trabalhos no local

Marcos Koboldt e Ricardo Pont / Rádio Guaíba

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OSindicato dos Depósitos, Distribuidores e Comércio de Areia do Rio Grande do Sul (Sindareia-RS) espera para segunda-feira o início da inspeção nas dragas paralisadas paradas no Guaíba, próximo ao vão móvel, para que os equipamentos reiniciem os trabalhos no rio Jacui após a Justiça Federal liberar a extração de areia no local. A revisão de todas dragas com renovação das licenças deve ser concluído em até 30 dias, podendo ser antecipada pontualmente.

Conforme o presidente do Sindareia, Laercio Thadeu Pereira da Silva, a expectativa da entidade é de que, em um prazo de 30 dias, os preços da areia no mercado possam cair e obras que foram interrompidas sejam retomadas. Além disso, a expectativa é de recontratação de todos os 400 trabalhadores demitidos.

A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) espera no prazo de 90 dias contratar 60 técnicos em caráter emergencial para trabalhar na fiscalização da extração de areia do Jacuí. A medida é parte de um acordo firmado nessa sexta pela Justiça Federal, como explicou o diretor-presidente da Fepam, Nilvo Silva. O trabalho de zoneamento ambiental do Jacuí ocorre nos próximos quatro anos, com custo estimado em R$ 2,3 milhões.

Construção Civil espera que areia volte ao preço anterior

Já o presidente do Sindicato da Construção Civil do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS), Paulo Garcia, disse hoje esperar que o preço do metro cúbico da areia volte ao patamar pré-crise. O dirigente explicou que o insumo passou a ser vendido a até R$ 100 nas regiões Metropolitana, de Caxias do Sul e do Litoral. O preço normal era de R$ 40. "Passamos dois meses pagando mais que o dobro pela areia e agora vamos fiscalizar para que ela volte ao preço de antes", alertou.

Garcia confirmou que a crise de falta de areia em função da proibição de extração no Jacuí afetou, em menor escala, a distribuição do minério em outras regiões, como as de Santa Maria, Rio Pardo, Pelotas e Rio Grande. "Parte delas serviu como fonte de areia para Porto Alegre, como as jazidas do rio Camaquã, em Cristal", exemplificou.

O dirigente também explicou que as obras pesadas, e sobretudo, as do setor público, foram as mais prejudicadas, por dependerem de concreto (mistura entre brita, areia e cimento). "Obras viárias, como pontes e viadutos, e os BRTs (corredores de ônibus visando a Copa do Mundo), na Capital, tiveram os maiores problemas, mas em relaçâo à construção civil, tivemos atrasos nas obras. Na iniciativa privada, fomos cuidando, nesses dois meses, de outras etapas", minimizou.


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