Sindipetro projeta greve mesmo com decisão do TST
Mobilização de 72 horas não deverá causar desabastecimento, segundo sindicato
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De acordo com o diretor de Finanças, Administração e Patrimônio, Dary Beck Filho, muitos dos funcionários do turno da noite na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) já não devem nem ir ao local. “A adesão à greve é muito forte”, afirmou ele, em entrevista à Rádio Guaíba, na noite desta terça – pouco antes da hora marcada para o início da mobilização. A situação se mantém ao menos até o grupo ser notificado. “Aí vamos avaliar com o departamento jurídico.”
Dary definiu o movimento como “uma greve de advertência” e que não acarretará problemas no abastecimento ao país. A categoria quer cruzar os braços reivindicando a redução de preços dos combustíveis, a mudança na política de preços adotada pela Petrobras e a saída do presidente da empresa, Pedro Parente. “Se continuarem nesta linha e esfolando o povo brasileiro, a gente vai ter, quem sabe, passar por uma greve por tempo indeterminado”, projetou.
O sindicalista também criticou a intenção de privatização de refinarias da Petrobras. “Na verdade, eles estão vendendo um mercado fechado. Além disso, a gente não vai ter nenhum compromisso da empresa privada de investimento no Estado. Tivemos esta situação no Estado quando a Repsol esteve na Refap S.A.”, citou. Conforme ele, a Refap, em Canoas, está na lista para ser vendida à iniciativa privada.