Sintáxi vai entrar na Justiça para que Uber tenha sinal suspenso em Porto Alegre

Sintáxi vai entrar na Justiça para que Uber tenha sinal suspenso em Porto Alegre

Taxistas irão fazer uma manifestação em frente ao Prédio 2 do Foro Central nesta quarta-feira

Rádio Guaíba

Taxistas alegam prejuízo no trabalho devido a concorrência com o Uber

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O Sindicato dos Taxistas de Porto Alegre (Sintáxi) vai ingressar com uma ação judicial, na tarde desta quarta-feira, a fim de suspender o sinal do aplicativo Uber em empresas de telefonia celular móvel na cidade. Conforme os assessores jurídicos do Sintáxi, Alexandre Luís Camargo e Guilherme Fanganito, o argumento é de que a multinacional opera de forma ilegal e gera prejuízo para o serviço de táxi regulamentado em lei e fiscalizado pela Prefeitura. Camargo retorna dos Estados Unidos, na manhã desta quarta, trazendo o processo para ingressar com a ação na justiça gaúcha.

Na quarta, a partir das 14h30min, taxistas também fazem uma manifestação contra o Uber em frente ao Prédio 2 do Foro Central, durante a entrega da ação. Conforme o diretor Administrativo do Sintáxi, Adão Ferreira de Campos, o movimento de passageiros caiu em cerca de 40% desde que o Uber começou a operar, em novembro do ano passado, o que põe o sistema de táxis em risco.

Regulamentação prevê audiência pública em 22 de junho

O impasse em torno do Uber tende a se estender pelo menos até o fim do ano, enquanto tramita na Câmara de Vereadores um projeto para regulamentar o serviço de transporte individual oferecido via aplicativo de celular na Capital. Uma audiência pública para ampliar esse debate foi marcada, hoje, para as 19h de 22 de junho, uma quarta-feira.

Pelo menos quatro comissões permanentes da Casa vão analisar a matéria até que ela chegue a plenário: Constituição e Justiça (CCJ); Finanças, Orçamento e Mercosul (Cefor); Urbanismo, Transporte e Habitação (Cuthab); e Defesa do Consumidor e Direitos Humanos (Cedecondh).

A proposta que regulamenta o Uber e concorrentes, como o WillGo, em fase de implantação na Capital, prevê, por exemplo, que o Executivo tenha acesso aos dados operacionais das empresas, e que elas paguem uma taxa mensal para cada veículo associado.

Saiba detalhes

A Prefeitura exige, no projeto, que haja autorização prévia do município; que a contratação do serviço se dê exclusivamente entre as empresas e os usuários por meio de aplicativo; que haja cadastramento de condutores e veículos e vistorias periódicas, de seis em seis meses, e que ocorra compartilhamento, em tempo real, de dados das empresas com a EPTC.

Além disso, quer que os veículos sejam emplacados exclusivamente em Porto Alegre e que haja recolhimento de ISS e o pagamento, pelas empresas, de uma taxa anual de R$ 182 por veículo, além de contratação de seguro que cubra acidentes.

O projeto também estabelece que haja um canal de atendimento 24 horas e que os veículos, com no máximo cinco anos de vida útil, sejam identificados com adesivo da empresa. O texto prevê, ainda, que os motoristas façam curso de formação e apresentem certidão negativa.

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