Sobe para seis o número de casos suspeitos de varíola do macaco no Brasil

Sobe para seis o número de casos suspeitos de varíola do macaco no Brasil

Marcelo Queiroga anunciou neste sábado que mais dois pacientes estão sendo monitorados em Rondônia

R7

São sete o número de casos em investigação no Brasil

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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou neste sábado que seis pacientes com suspeita de varíola do macaco estão sendo monitorados no país. O número subiu após dois novos casos, notificados por Rondônia, entrarem no radar da pasta. Em entrevista, ele minimizou as suspeitas e disse que "só tem um caso provável" no Brasil, possivelmente associado a viagem a países onde há pessoas com a doença. 

"Desses casos todos, [apenas] um é um caso provável, mas os primeiros exames não confirmaram essa possibilidade. Estamos aguardando os exames mais específicos para ter uma posição definitiva. Mas a posição a nível mundial, da Organização Mundial de Saúde, da Organização Pan-Americana de Saúde, não é de uma preocupação com esse tipo de situação, e sim de monitoramento."

No Rio Grande do Sul, um paciente que veio de Portugal – segundo país com maior número de casos confirmados – apresentou sintomas característicos de varíola do macaco e está isolado em casa desde 23 de maio.

O Mato Grosso do Sul informou nesta semana que monitora o caso de um adolescente de 16 anos que apresentou lesões avermelhadas na pele e febre, acompanhadas de ínguas na região cervical, nas axilas e virilha. O jovem esteve em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, antes de apresentar os sintomas.

Santa Catarina também apura o caso de uma mulher que apresentou febre de início súbito, cansaço e erupções cutâneas agudas no corpo.

Para ser considerado um caso provável, além dos sintomas, é preciso que haja uma ligação epidemiológica, seja histórico de viagem para países com casos confirmados ou contato com indivíduos daqueles locais. 

"O caso provável tem relação com viagem ou contato; o caso suspeito, não precisaria", explicou ao R7 a virologista Clarissa Damaso, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), e membro do Comitê Assessor da OMS (Organização Mundial da Saúde) para Pesquisa com o Vírus da Varíola.

Em todo o mundo, já passam de 900 os casos confirmados de varíola do macaco, segundo monitoramento em tempo real feito pela iniciativa Global.health, composta por pesquisadores de universidades como Harvard e Oxford. 

No dia 6, completa um mês desde que o primeiro caso fora da África foi reportado, no Reino Unido. Era um homem que havia retornado da Nigéria, país onde há um surto de varíola do macaco desde 2017. Poucos dias depois, no entanto, outras duas pessoas sem ligação com o primeiro caso tiveram diagnóstico positivo da doença. 

A Inglaterra continua a ser o país com o maior número de infectados (214), seguida da Espanha (183), e de Portugal (143).  



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