Solução definitiva para a falta de água na Lomba do Pinheiro depende de nova estação de tratamento
Problema foi mapeado pelo Dmae em 2012, mas autarquia não teve recursos para resolver problema
publicidade
• Moradores da Lomba do Pinheiro cobram solução do Dmae
"Em 2012, foi constatado que o crescimento da ocupação, do uso dessa região, não conseguiria ser suprido pela infraestrutura de oferta de água na cidade que a gente gerencia e que precisávamos fazer grandes investimentos, de um novo sistema. Projetos foram contratados, com um estudo prévio, e se decidiu que a solução seria a construção de uma nova estação de tratamento com o dobro de capacidade. Isso envolve obras adutoras de captação enterradas dentro do Guaíba, casas de bomba de água bruta, implantação de adutoras grandes", comentou, evidenciando que esses fatores geram os altos custos.
Santos comentou que, na virada de 2014 para 2015, não se continuou o planejamento adequado, que seria iniciar a implantação das obras. "Também houve socorros do Dmae à prefeitura com transferência de recursos e isso nos deixou menos capitalizados. Hoje, buscamos financiamento para essas obras. Estamos bastante próximos de conseguir, já nos próximos meses. Até lá, o atual sistema vai continuar no limite. Não aguenta muita demanda. Em condições normais, há o abastecimento". Não foi o que ocorreu durante a semana: na última segunda-feira, a água bruta que começou a chegar na estação de tratamento de Belém Velho estava com excesso de turvidez.
"A gente foi obrigado a diminuir a vazão. Isso atrasou a oferta para todo o sistema e gerou toda essa confusão que aconteceu ao longo da terça", comentou, se referindo ao protesto de moradores da Lomba do Pinheiro, que reclamavam da falta de água. Santos ainda ressaltou que a onda de calor que afeta o Estado também fez com que a população demandasse mais água, contribuindo para o desabastacimento. "Estivemos em alguns pontos do local para ver se havia algum lugar onde pudéssemos implementar o serviço de caminhão-pipa, mas não houve a necessidade", disse.
Enquanto não resolve a questão definitivamente, o Dmae faz intervenções, garante o diretor geral do Departamento. "Em 2017 e 2018, se investiu R$ 60 milhões de recursos próprios em caixa para amenizar os problemas. Bombas estão sendo reformadas, uma adutora está sendo construída e tentamos otimizar ao máximo o aproveitamento dentro da estrutura que temos para que não haja desabastecimento. Mas a única solução definitiva é a construção desse novo sistema que requer um volume de recursos muito além da capacidade disponível", frisou.