"SUS não precisa de mais cursos de medicina, mas de investimentos", afirma Simers

"SUS não precisa de mais cursos de medicina, mas de investimentos", afirma Simers

Ministério da Educação autorizou novos cursos de medicina no Rio Grande do Sul nesta terça

Correio do Povo

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Após o Ministério da Educação (MEC) autorizar novos cursos de medicina no Rio Grande do Sul nesta terça-feira, o Sindidicato Médico do RS (Simers) se pronunciou afirmando que o sistema de saúde necessita mais de investimentos do que novas faculdades. "O SUS não precisa de mais cursos de medicina, mas de investimentos", disse o presidente da entidade, Paulo de Argollo Mendes. "Com as quatro novas escolas e as outras seis abertas desde 2010, dobraremos o número e continuaremos com problemas de falta de médico e de estrutura para atender a população", advertiu Argollo.

Além disso, a formação prevista em novos currículos tem menor carga horária e menos conteúdos que os cursos como o da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), que soma mais de 10,6 mil horas-aula, enquanto os novos tem pouco mais de 7 mil horas-aula para a diplomação.

O anúncio do MEC foi feito nesta terça-feira e segue o plano de abrir 39 faculdades no Brasil. O Estado terá cursos em Erechim, Ijuí, Novo Hamburgo e São Leopoldo, somando 230 novas vagas. O Simers já entregou ao atual ministro da Saúde a proposta de criar uma carreira médica que incentive profissionais a atuarem em pequenas localidades.

De acordo com levantamento feito pela Simers, o País é o segundo em escolas de medicina no mundo (271), tendo mais de 400 mil médicos em atividade, ficando atrás somente da Índia (381). No Rio Grande do Sul são quase 27.800 profissionais em atividade. 

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