Suspensão de contrato durante crise do coronavírus terá parcela paga por empregador, diz secretário

Suspensão de contrato durante crise do coronavírus terá parcela paga por empregador, diz secretário

Próxima MP deve prever possibilidade de antecipação do seguro-desemprego em casos de suspensão do contrato ou redução de jornada e salário

AE e Correio do Povo

Jair Bolsonaro defendeu o texto como "uma maneira de preservar empregos".

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A possibilidade de suspensão do contrato de trabalho em meio à crise do novo coronavírus "terá sim" uma parcela paga pelo empregador, assegurou nesta segunda-feira, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, em sua conta no Twitter. Ele afirmou ainda que uma próxima Medida Provisória, com vigência imediata, vai prever a possibilidade de antecipação do seguro-desemprego em casos de suspensão do contrato ou redução de jornada e salário.

Segundo Bianco, a MP editada no domingo, à noite trata do layoff, uma suspensão temporária do contrato de trabalho para qualificação que prevista na legislação brasileira. "A suspensão obviamente será em acordo entre empregados e empregadores e terá, sim, parcela paga pelo empregador para manutenção da subsistência e da vida do empregado", disse.

Questionado sobre o documento na manhã desta segunda-feira, o presidente Jair Bolsonaro defendeu o texto como "uma maneira de preservar empregos". Seguro desemprego é automático, ninguém está demitindo ninguém. O que eu reclamo é que tem algumas autoridades que estão ministrando o remédio em excesso, que leva ao desemprego", disse. "Diminuir o tempo do aviso prévio, se entra em férias agora, é melhor que ser demitido", falou sobre a MP.

O chefe de Estado disse que o presidente e seus ministros estão trabalhando há semanas para minimizar os efeitos do coronavírus. "As vidas das pessoas estão em primeiro lugar. Agora um detalhe, a dose do remédio não pode ser excessiva de modo que o feito colateral seja mais danoso que o próprio vírus. Esse é o cerne da questão. O que queremos é solução para o caso. Não temos como evitar os efeitos do coronavírus. Não tem vacina e por enquanto não tem tratamento. Não podemos levar o pânico para a sociedade. Ele é uma doença também, mais grave que a própria causa do vírus. Empregos estão sendo exterminados, em especial aqueles que vivem da informalidade e a pessoa com pânico entra em depressão, ela fica mais susceptível, ao contrair o vírus, a ter um fim trágico. Não dá para ir além do que estamos fazendo", avaliou.


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