TJ determina que taxistas poderão escolher cor da camisa do uniforme

TJ determina que taxistas poderão escolher cor da camisa do uniforme

No entanto, decisão ainda está em caráter liminar, precisa ser votada

Jézica Bruno / Correio do Povo

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A decisão em caráter liminar do desembargador do Tribunal de Justiça (TJ-RS), Newton Luís Medeiros Fabrício, suspendeu parte do decreto municipal que determinava o uso de camisa na cor azul pelos taxistas da Capital. A definição foi obtida pelo Sindicato dos Taxistas de Porto Alegre (Sintáxi), a favor dos mais de 10 mil profissionais que, desde segunda-feira, puderam escolher a cor da camisa do uniforme. No entanto, a decisão ainda precisa ser votada.

O taxista Leandro Dantas, de 33 anos, que trabalha no Centro da cidade, está satisfeito com a nova decisão. Dantas gastou R$ 400 para comprar três calças e quatro camisas na cor azul, para compor o uniforme de trabalho. “Não acho que seja justo definir a cor da camisa. Eu posso não gostar da cor e também ela pode ser mais cara. Além disso, as vezes é difícil de encontrar”, explicou.

A multa aplicada pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), para quem não utilizar o uniforme conforme foi definido, é de R$ 128. Esclarecendo que a decisão ainda não é comemorada pois está apenas em caráter liminar e ainda não está imposta de forma definitiva, o presidente do Sintáxi, Luiz Nozari, frisou que a cor não pode ser estipulada. “Foi um abuso definir a cor, sem contar que isso gera uma grande despesa”, afirmou.

Segundo Nozari, a Nova Lei do Táxi já define o traje adequado que todos os taxistas devem utilizar no exercício da atividade. “Somos favoráveis que o taxista use uniforme. A lei determina que esteja com camisa com gola, calça e calçado fechado, mas a EPTC não pode definir, inclusive, a cor. É indiferente”, esclareceu.

Para Nozari, 99% dos taxistas são autônomos e enquanto a EPTC não disponibilizar o uniforme de forma gratuita, ela não pode estabelecer tais definições. “Quando o taxista tiver que pagar para trabalhar com uniforme, uma exigência como essa não pode ser feita”, concluiu.

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