Transexual recebe autorização para trocar de nome em Bagé
Mulher de 29 anos assumiu homossexualidade há cinco e trabalha como cabeleireira
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Verônica foi adotada por uma família de Bagé quando tinha sete anos de idade. Hoje, ela diz que nunca enfrentou preconceitos da família. “A única preocupação de todos é com o risco que sempre existe numa cirurgia bastante complexa como essa, mas estou confiante e esperançosa de que tudo vai dar certo”, contou.
Para enfrentar a transformação radical na sua vida, a cabeleireira vem fazendo tratamento hormonal e psicológico há dois anos, em Porto Alegre, onde também fará a cirurgia. Atualmente solteira, Verônica diz que só pensa em se relacionar novamente após a cirurgia.
Ela diz que se sente uma mulher em todos os sentidos. “Quando vou tomar banho me sinto muito mal. Da cabeça até a cintura eu sou uma mulher, mas da cintura para baixo tenho que enfrentar uma realidade difícil, já que o meu órgão genital não faz mais parte do meu projeto de vida”, explica, acrescentando que essa cirurgia é o seu grande sonho.
Verônica conta que o fato de não puder engravidar não chega a preocupá-la, já que pretende, no futuro, adotar um ou mais filhos. Ela contou também que, em Bagé, outras duas pessoas já fizeram operação de troca de sexo, mas preferiram permanecer no anonimato.
“Antes eu também tinha vergonha. Estudei em um colégio de padres e isso me fazia não assumir a minha preferência sexual. Depois que parei de estudar comecei a trabalhar e aí sim assumi”, contou, ao justificar porque demorou tanto a revelar sua verdadeira opção.