Trincheira da Cristóvão Colombo serve de abrigo para moradores de rua

Trincheira da Cristóvão Colombo serve de abrigo para moradores de rua

Obra está paralisada há mais de um ano e não tem prazo para ser retomada

Cláudio Isaías

Obra está paralisada há mais de um ano e não tem prazo para ser retomada

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Paralisada há mais de um ano, a obra da trincheira da avenida Cristóvão Colombo, na zona Norte de Porto Alegre, estão servindo de abrigo para moradores de rua. No local, três "casas" ocupam a parte inferior da estrutura. Nesta quarta-feira, dois ocupantes da área tomavam café tranquilamente entre os restos de materiais de construção que foram deixados no canteiro de obras. Um homem que se identificou como Alberto disse que vive na região há quase dois anos.



"Não tenho onde morar e acabei por construir a minha casa na trincheira", destacou. Ele afirmou que atua como guardador de carros na região e com medo de assaltos resolveu colocar um cadeado na residência de madeira. O outro morador não quis falar sobre o fato de viver na área. A trincheira da Cristóvão Colombo tem sido utilizada também como um local para o estacionamento de veículos.

Com 85% dos trabalhos concluídos, a construção não têm prazo para ser retomada em função de que o consórcio vencedor da licitação alegou dificuldades financeiras e desistiu da obra. Uma outra empresa, segunda colocada na licitação feita em 2012, foi chamada pela prefeitura de Porto Alegre e não aceitou terminar a estrutura pelos mesmos valores do primeiro colocado.

Em função disso, a prefeitura pretende convocar nos próximos dias às empresas que ficaram com a terceira posição na licitação. O consórcio Conpasul, Sogel Ltda e Cidade e Pelotense será convidada a realizar o serviço também pelo valor definido em contrato pelas duas empresas que desistiram dos trabalhos. A previsão é de que os 15% que faltam para a conclusão dos trabalhos deverão ser finalizados no prazo de seis meses.

As obras da trincheira começaram em março de 2013 e previsão era de que elas estivessem prontas para a Copa do Mundo de 2014 o que acabou não acontecendo.  A passagem de veículos na avenida Cristóvão Colombo com a rua Dom Pedro II terá extensão de 198 metros. O custo inicial da estrutura estava previsto em R$ 12,5 milhões.

A trincheira terá dois sentidos de tráfego de veículos e possuirá largura total de 14,80 metros. O fluxo de automóveis da avenida Cristóvão Colombo passará por baixo da rua Dom Pedro II. Os desvios na região seguem para os motoristas. No sentido Centro/bairro, quem circula na Cristóvão Colombo necessita dobrar à direita a rua Felicíssimo de Azevedo, Marques do Pombal, Luzitana e daí poderá seguir pela Cristóvão Colombo. Já no sentido bairro/Centro, o condutor deve dobrar à direita na rua Luzitana até a rua Couto de Magalhães, Felicíssimo de Azevedo e acessar novamente a Cristóvão. 

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