TRT define que 80% dos serviços do Imesf sejam mantidos em meio à greve

TRT define que 80% dos serviços do Imesf sejam mantidos em meio à greve

Trabalhadores da função, extinta pelo Município, respondem pela gestão de 24 postos de saúde

Rádio Guaíba

Na manhã desta quinta-feira, seis unidades ficaram fechadas em razão da greve dos trabalhadores

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Uma reunião de mediação, convocada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4), definiu nesta quinta-feira a manutenção de 80% dos serviços no Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (Imesf) a partir desta sexta-feira, mesmo em meio à greve dos trabalhadores da fundação. Participaram do encontro, representantes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), sindicatos e a Procuradoria-Geral do Município (PGM).

Conforme a prefeitura, o acordo judicial provocado pela Prefeitura garante que a Secretaria mobilize os trabalhadores do Imesf para garantir a prestação dos serviços durante todo o período de funcionamento das unidades.

Na manhã desta quinta, seis unidades ficaram fechadas em razão da greve dos trabalhadores, que chegou hoje ao segundo dia. Ontem, sete unidades fecharam. O Imesf responde, hoje, por 24 postos de saúde em Porto Alegre. De acordo com a Prefeitura, 27 mil moradores da zona Leste ficaram sem atendimento, nesta quinta, em razão da greve. Ontem, foram 35 mil.

Liminar impede demissões até dezembro

Também hoje, uma liminar do TRT4, deferida a pedido de três sindicatos e dos Mnistérios Públicos estadual e federal, determinou que o prefeito Nelson Marchezan Jr. não pode demitir os trabalhadores do Imesf até 4 de dezembro. Além disso, a desembargadora Maria Madalena Telesca estabelece que quem quiser sair deve receber as rescisórias na forma da lei.

“Agora, nossa luta volta pra esfera política. Mais de um ano, e vamos vencer no final!”, declarou o presidente do Sindisaúde, Júlio Jesien, para quem a decisão decorreu da pressão gerada pelos trabalhadores, paralisados desde terça-feira.

A greve do Imesf é motivada pela extinção do órgão, seguida da demissão de até 1,8 mil trabalhadores, depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou inconstitucional a lei de 2011 que criou a fundação. Nesta sexta, os trabalhadores rediscutem os rumos do movimento.

UNIDADES FECHADAS PELO MOVIMENTO GREVISTA
Região Leste/Nordeste
– Mato Sampaio
– Batista Flores
– Jardim Protásio Alves
– Wenceslau Fontoura
– Safira Nova
– Vila Brasília
Região Norte/Eixo Baltazar


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