Tumulto não prejudica o movimento, diz Cpers
Presidente do sindicato defendeu decisão de encerrar greve da categoria
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O tumulto na tarde desta sexta-feira evidenciou uma divisão entre a direção do Cpers e o grupo de oposição. A professora Paula Pires, de Gravataí, afirma que o sindicato “não está ouvindo a base”. “A categoria está se mobilizando independentemente da direção. Queremos endurecer mais. A base tem capacidade de resistir. Não é no governo Sartori que vamos recuar”, avisou.
O clima mais tenso na assembleia ocorreu depois da votação da pauta sobre a greve. A direção do sindicato entendeu que a maior parte tinha escolhido pela suspensão da paralisação. Os professores contrários à interrupção, que acreditavam estar em maioria, avançaram sobre o palco, pedindo nova apuração. Com o tumulto, a presidente do Cpers encerrou a assembleia, antes mesmo da votação de outras seis propostas que estavam na ordem do dia.
“Decisão sábia”
Em resposta ao gesto da direção do Cpers em deixar a mesa, os professores da oposição começaram a atirar bandeiras do movimento e cadeiras contra o palco. Os seguranças tiveram que intervir. “Tivemos uma reunião do Conselho Geral pela manhã e a ampla maioria apontava para o encerramento da greve. Tenho certeza absoluta que a maioria definiu pela suspensão aqui hoje. Um decisão sábia”, garantiu Helenir. “Eles (oposição) ficaram bravos agora, mas vão entender, quando enxergarem a realidade, que a categoria queria retomar as aulas”, acrescentou.
De acordo com o Cpers, deverá haver greve unificada nos dias 30 de setembro e 1º e 2 de outubro se houver novo anúncio de parcelamento de salários. De acordo com o sindicato, 5 mil docentes participaram da assembleia.