TV Record revela negócios suspeitos do presidente do Ibope
Carlos Augusto Montenegro teria enriquecido com um serviço que deveria ser público
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Montenegro seria um dos homens mais ricos do Brasil. Ele é proprietário do instituto que mede a audiência na TV e faz pesquisas eleitorais. De acordo com a denúncia, o empresário faturou bilhões, entre 2005 e 2010, ao operar um serviço que deveria ser público. Trata-se da administração do Gravame, que é a alienação fiduciária incluída como taxa nas operações de financiamento dos veículos automotores comercializados no país. O Gravame funciona como restrição que o Detran de um estado coloca no registro do automóvel para impedir que ele seja transferido de proprietário antes da quitação do financiamento. A operação renderia ao administrador cerca de R$ 180 milhões ao ano.
Em 2010, Montenegro teria repassado a administração do Gravame para uma empresa financeira. O esquema teria atingido a quantia de R$ 2 bilhões. Os negócios se estenderiam também ao comércio ilegal no centro de São Paulo. A reportagem flagrou transações, nas quais a mercadoria à venda são CDs contendo dados pessoais de brasileiros, que deveriam ser mantidos em segredo. As informações podem render milhões no mercado negro. São nomes, CPFs, endereços e números de telefone, supostamente extraídos de bancos de dados do Registro Nacional de Veículos Automotores. No início de 2011, o Ministério das Cidades e o Departamento Nacional de Trânsito começaram a investigar o vazamento das informações. A investigação confirmou que foram realizados acessos indevidos à base de dados do sistema de registro nacional de veículos automotores.
Assista à reportagem completa: