UFPel cria comissão após protesto contra a violência contra as mulheres

UFPel cria comissão após protesto contra a violência contra as mulheres

Reitoria recebeu denúncia de grupo de mensagens machista de alunos do curso de história

Angelica Silveira

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Na segunda-feira, um grupo de estudantes do curso de Teatro da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) tirou a roupa em frente ao Instituto de Ciências Humanas (ICH) em protesto pela violência contra as mulheres. Elas pintaram frases de protesto nos corpos e pediram o fim das agressões. O ato começou no início da tarde e as aulas foram suspensas no ICH, no dia da manifestação. O protesto foi realizado pelo grupo Auto Organizado de Mulheres da UFPel.

Nesta quinta-feira, a Universidade Federal de Pelotas (Ufpel) divulgou um posicionamento sobre a manifestação ocorrida no campus de Ciências Sociais (CCS). A administração acredita que "as discussões de gênero, nas mais diferentes esferas, são relevantes e reconhece que a pauta do protesto é pertinente, apesar de não concordar com a forma que o evento foi realizado". Uma comissão especial foi criada avaliar os fatos e propor os encaminhamentos devidos e cabíveis diante da situação.

Representantes da administração estiveram no local do protesto para estabelecer diálogo com o movimento. Segundo os manifestantes, o ato teve a intenção de chamar a atenção da sociedade para o machismo e a violência sofrida pela mulher.

Há cerca de 60 dias a Reitoria recebeu uma denúncia de que alunos do curso de História teriam criado um grupo WhatsApp com forte conteúdo machista. Após tomar ciência da situação, a universidade constituiu uma sindicância para investigar o fato.

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