Vacinação contra a Covid-19 leva esperança a trabalhadores de hospitais em Porto Alegre

Vacinação contra a Covid-19 leva esperança a trabalhadores de hospitais em Porto Alegre

Autoridades da área da saúde a todo momento alertam a população de que a pandemia ainda não acabou, por isso, os protocolos de segurança estabelecidos devem ser seguidos

Cláudio Isaías

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"A vacinação contra a Covid-19 representa uma bênção, um momento de felicidade. Significa que podemos trabalhar com mais tranquilidade". O depoimento é da enfermeira Maira Isis Stangler, que atua no atendimento da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Covid do Hospital Santa Clara e no atendimento dos pacientes pediátricos infectados do Hospital da Criança Santo Antônio. "Estávamos ansiosos pela imunização. Foi o dia mais feliz", recordou a enfermeira que recebeu a primeira dose da vacina Coronavac no dia 23 de janeiro. Ela agora realiza a vacinação dos seus colegas. 

A imunização no complexo da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre segue sendo realizado todos os dias das 7h às 19h. A meta da instituição de saúde nesta primeira etapa é vacinar aproximadamente 5,2 mil trabalhadores da linha de frente de combate à doença. Um total de 4.824 pessoas já foram imunizados. No Hospital Moinhos de Vento, a médica do trabalho Carla von Muhlen destacou que a vacina é uma vitória da ciência e da humanidade contra o vírus.

“É muito emocionante participar deste momento que estamos vivendo. Principalmente porque nos preocupamos muito em cuidar de quem está na linha de frente cuidando dos pacientes e familiares. Então, com a vacina, a gente consegue proteger os nossos colaboradores que estão mais expostos e, ao mesmo tempo, garantir o melhor atendimento à população”.

A enfermeira do CTI Adulto, Shirley Belan de Sousa, disse que já planeja ver os familiares que ela não pode visitar há quase um ano. “Quero ir pra casa sem medo de contaminar meu marido, usar o elevador sem medo de contaminar meus vizinhos e poder conviver com amigos. Tudo o que vai acontecer a partir de agora resulta na esperança de dias melhores", acrescentou. A vacinação contra coronavírus continua a ser feita nos hospitais do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), São Lucas da Pucrs e Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA).

Alerta contra euforia da população

As autoridades da área da saúde a todo momento alertam a população de que a pandemia ainda não acabou, por isso, os protocolos de segurança estabelecidos devem ser seguidos, assim como as medidas preconizadas, como o uso de máscara, lavagem das mãos, o uso do álcool em gel e que evitem as aglomerações.  A procura pela vacinação em domicílio para idosos acamados, com dificuldade de locomoção ou imunossuprimidos gerou, desde o dia 22 de janeiro até o dia 31, um aumento de 130% no número de ligações ao telefone 156 para a opção Saúde.

Porém, desse total, apenas 30% resultaram em protocolos efetivos para o serviço. Os canais digitais, uma alternativa mais fácil e rápida em relação ao telefone 156, também registram aumento na procura. No mesmo período, a geração de protocolos no 156Web cresceu 1.500% e, no Aplicativo #EuFaçoPOA, 2.100%. 

O secretário de Transparência e Controladoria, Gustavo Ferenci, afirmou que a alta na procura pelos canais digitais é bastante positiva, já que alivia o sistema 156 e beneficia quem está no grupo prioritário. A Secretaria Municipal da Saúde disponibilizou também o número de Whatsapp (51) 99388.0881, que já registrou mais de mil mensagens, mas também com baixo percentual de geração de protocolos, ou seja, de pessoas que efetivamente se enquadram no grupo que está sendo vacinado.

A prefeitura solicita a atenção dos cidadãos nos seguintes pontos. A solicitação da vacina em domicílio deve ser somente para idosos acima de 60 anos que estejam acamados, com dificuldade de locomoção ou imunossuprimidos e para os idosos residentes em instituições, incluídos na fase 1 da vacinação. Nesse grupo, a prioridade no momento é para idosos acima de 90 anos, em ordem decrescente de idade.

Quem não se enquadra nesse grupo deve aguardar a divulgação da fase 2 da vacinação, pois a sobrecarga de ligações prejudica o recebimento de chamadas do público alvo. A solicitação deve ser feita apenas uma vez e utilizando apenas um canal de atendimento, sob risco de não ser efetivada. Isto é, uma vez emitido o número de protocolo, não há necessidade de repetir a solicitação em outro canal.


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