Vacina contra gripe começa na segunda com meta de imunizar 3,6 milhões de gaúchos

Vacina contra gripe começa na segunda com meta de imunizar 3,6 milhões de gaúchos

Campanha foi lançada nesta sexta-feira, no Palácio Piratini

Cláudio Isaías

Dia D de vacinação será em 12 de maio

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Com a meta de imunizar 3,6 milhões de gaúchos, a vacinação contra a gripe no Rio Grande do Sul começa na próxima segunda-feira em todo o Estado. As vacinas estarão disponíveis em todos os postos de saúde do Estado gratuitamente. A imunização termina no dia 1º de junho. Como acontece todos os anos, a campanha vai ter um Dia D, para aumentar a mobilização. Será no dia 12 de maio, um sábado, quando os postos de saúde ficarão abertos.

O lançamento da campanha foi realizado na manhã desta sexta-feira, durante solenidade no Palácio Piartini, com a presença do governador José Ivo Sartori, da primeira-dama Maria Helena Sartori e do secretário estadual da Saúde Francisco Paz.

O público-alvo é composto por idosos, crianças de até 5 anos, gestantes e doentes crônicos. "Essas pessoas tem mais chances de desenvolver quadros graves de gripe Influenza. A meta da secretaria é imunizar pelo menos 90% das pessoas desses grupos" destacou Paz. A  recomendação é que as pessoas se vacinam o quanto antes, já que a proteção leva cerca de dez dias para começar a fazer efeito.

O Rio Grande do Sul recebeu do Ministério da Saúde 37% das quatro milhões de doses previstas. Os lotes recebidos já foram repassados aos municípios. Durante o lançamento, representantes de alguns grupos do público-alvo receberam a vacina, como crianças, idosos, gestantes e profissionais da saúde. O governador, a primeira-dama e o secretário de Saúde estavam entre eles. Quem roubou a "cena" na imunização realizada no salão Azul do Palácio Piratini foi a menina Martina, dois anos, que estava acompanhada da mãe Josiara Cunha.



Sartori destacou que a vacina é a melhor estratégia disponível para a proteção contra uma série de doenças graves. "A
gripe é uma dessas doenças que podem ser prevenidas pela imunização ou ter suas graves consequências reduzidas. Em 2016, o Rio Grande do Sul registrou 1.380 casos e 215 mortes. Em 2017, foram 439 casos registrados e 48 mortes. Este ano, até o início deste mês, houve sete casos registrados e nenhuma morte. Isso é resultado também da imunização”, ressaltou.

Paz explicou que a vacina não é somente uma proteção pessoal. “Não temos como vacinar toda a população, infelizmente. Mas, vacinando os grupos de risco, reduzimos consideravelmente a circulação do vírus entre a população inteira. Protegemos toda a população”, acrescentou. O secretário também reforçou que a imunização é segura. “Existem boatos, mas a população precisa ficar tranquila. A vacina da gripe não faz mal. As únicas reações que ela pode dar são dor e vermelhidão no local da picada e talvez um pouco de febre. As únicas pessoas que tem restrição são as alérgicas ao ovo”, ressaltou.

A vacina é produzida por vírus mortos e fragmentados, ou seja, não há o risco de causar gripe nas pessoas. Ela protege contra três tipos de gripe Influenza: A (H1N1), A (H3N2) e B. A dose precisa ser renovada a cada ano, ou seja, mesmo quem se vacinou ano passado, deve se vacinar novamente.

Mesmo antes do começo do inverno, o Rio Grande do Sul já apresentou alguns casos confirmados de hospitalizações por gripe Influenza. No último informativo epidemiológico, já haviam sido registrados sete casos no Estado. Desses, quatro foram do tipo A (H3N2), outros dois do tipo B e um do tipo A (H1N1). Não houve, até o momento, casos de morte por gripe. Os números estão abaixo dos registrados em 2017, quando, no mesmo período, já tinham sido confirmados 15 casos e uma morte. O ano passado fechou com 439 casos de Influenza e 48 mortes.  

Confira o público-alvo


- Idosos com 60 anos ou mais;

- Crianças de 6 meses a 5 anos;

- Gestantes;

- Mães até 45 dias após o parto;

- Trabalhadores da área da saúde

- Povos indígenas

- Portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais;

- Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos que estejam cumprindo medidas socioeducativas; 

- População privada de liberdade e funcionários do sistema prisional;

- Professores das escolas públicas e privadas.

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