Vacina emergencial não poderá ser usada em massa, diz Anvisa

Vacina emergencial não poderá ser usada em massa, diz Anvisa

Agência reguladora ressalta que imunizantes que obtiverem esse tipo de autorização no Brasil serão destinados a públicos específicos

R7

Agência reguladora ressalta que imunizantes que obtiverem esse tipo de autorização no Brasil serão destinados a públicos específicos

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A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou nesta quarta-feira que nenhuma vacina contra a Covid-19 que obtiver a "autorização de uso emergencial" poderá ser usada em massa no Brasil. Essa autorização é uma modalidade normativa da agência que libera o uso de vacinas ou medicamentos experimentais em momentos como o atual, de pandemia.

O gerente-geral Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, apresentou um resumo das exigências do órgão regulador que mostram que o produto que obtiver registro emergencial deve ser destinado " vacinação de populações-alvo específicas, quando possuem risco x benefício bem estabelecido". "Vai ser para idosos, vai ser para profissionais de saúde? E qual vai ser a porcentagem de eficácia nesse grupo", explicou.

A autorização de uso emergencial mantém as vacinas na condição de "experimental", que é diferente do registro definitivo (depende de estudos conclusivos mais extensos). A Anvisa também estabelece que vacinas nestas condições só podem ser usadas durante o decreto de emergência de saúde pública em vigor. "Se não tiver uma situação de emergência, não justifica nós não aguardarmos todos os dados, a completude das informações", observou Mendes.

A qualquer momento, a autorização pode ser suspensa, revogada ou modificada pela agência.Também está proibida a comercialização das vacinas experimentais com autorização emergencial. Mendes ressaltou que até o momento, nenhuma empresa tem "pedido formalizado" para esse tipo de autorização. 

Uma das exigências é que a vacina esteja em testes no Brasil, algo que habilita atualmente apenas quatro candidatas.  São elas: Universidade de Oxford/AstraZeneca, Sinovac Biotech/Instituto Butantan, BioNTech/Pfizer e Janssen (Johnson & Johnson).


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