Vagas em albergues sobram em Porto Alegre, apesar do frio

Vagas em albergues sobram em Porto Alegre, apesar do frio

Dos 445 leitos disponibilizados, cerca de 80 camas ficam vagas a cada noite

Samantha Klein / Rádio Guaíba

Dos 445 leitos disponibilizados, cerca de 80 camas ficam vagas a cada noite

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Ainda que a população em situação de rua de Porto Alegre seja de quatro mil pessoas e que as temperaturas estejam próximas de zero nas madrugadas desta semana, uma parcela das vagas em albergues da Capital permanece disponível. Durante o período da Operação Inverno – entre junho e setembro – 445 vagas são disponibilizadas para a população sem-teto. Em média, cerca de 80 camas não são ocupadas diariamente.

Os dados são da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc). No inverno, o albergue municipal oferta 150 vagas. Jà os albergues conveniados Felipe Diehl e Dias Cruz podem abrigar até 295 pessoas. Entre as mulheres, a sobra de camas é ainda maior. Para utilizar os albergues, há regras rígidas. Casais não podem dormir juntos, consumo de entorpecentes é proibido e o funcionamento é das 19h às 7h. Depois disso, o albergado volta para a rua.

Apesar das críticas em relação aos horários, a coordenadora da Proteção Social Especial da Fasc, Vanessa Mendes Baldini, salienta que os moradores em situação de rua também podem utilizar, durante o dia, os Centro Pop (Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua). “Não é possível usar drogas ou levar carrinhos de catação de materiais recicláveis (para os albergues). Eventualmente, recebemos pessoas alcoolizadas mas, dentro, elas não podem consumir nada. Além disso, há a questão de marcação de território e elas podem não querer deixar o local na rua”, avalia.

No Centros Pop, os moradores em situação de rua também podem tomar banho, se alimentar e obter apoio psicossocial. “Todos os serviços dispõem de equipe técnica que verifica se essas pessoas estão ou não trabalhando, se estão precisando de atendimento médico ou de uma vaga em abrigo”.

Em relação às queixas de banho frio e falta de roupas de cama no Albergue Municipal, a coordenadora garante que o problema foi resolvido. Segundo ela, a questão dos chuveiros com aquecedor a gás foi sanado e o suprimento de cobertores e toalhas, reposto. Uma lavanderia terceirizada foi contratada para cuidar das roupas de cama.

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